Viagens de ônibus foram reduzidas na capital na última semana Rodrigo Clemente/PBH

O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Nomam (PSD), disse que pretende resolver o impasse da passagem de ônibus na cidade na próxima semana. A declaração foi dada neste sábado (30), durante a abertura da campanha nacional de vacinação – Dia D – contra gripe e sarampo, no Parque Municipal. 

Na ocasião, o prefeito afirmou que, se depender dele, o impasse sobre o preço da passagem de ônibus na Capital será resolvido na próxima semana. No início do mês, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) ordenou ao município o aumento da tarifa para R$ 5,85 – o preço atual é R$ 4,50.

A PBH defende o projeto que fornece um subsídio na gratuidade dos usuários isentos de pagar a passagem até a revisão do contrato. A proposta foi apresentada pela prefeitura na Câmera Municipal (MBH), no entanto, a tramistação segue suspensa com a promessa de um possível novo projeto da gestão municipal.

Desiquilíbrio

“Nós temos duas questões muitos sérias: o sistema tem dificuldade financeira muito grande, porque não tem aumento das passagens desde 2018; isso gera desiquilíbrio grave, porque de 2019 para cá tudo subiu e eles sem os reajustes”, argumentou o prefeito, na manhã deste sábado (30), no Parque Municipal.

Embora confirme que o momento é muito delicado para o sistema público de transporte, Fuad explicou possíveis saídas: “Temos duas opções, ou aumentar a passagem ou dar subsídio. Resolveremos isso nesta semana que entra para dar um fim a essa crise”, declarou o prefeito.

Fuad Noman também afirmou que participou de uma reunião com representantes do sindicato das empresas do transporte coletivo, na última sexta (29), e que eles cumprirão o horário regular de viagens nos horários de pico na segunda-feira (2).

Medida

Os consórcios de ônibus comunicaram na última quinta-feira (28) que reduziriam o número de viagens fora dos horários de pico. O objetivo seria cortar gastos, já que a operação do sistema teria se tornado financeiramente inviável sem o aumento da passagem de ônibus.

Na sexta-feira (29), a redução das viagens já afetaram os usuários das linhas que circulam na capital e o tempo de espera para muitos passageiros chegou a ser de até duas horas nos pontos de ônibus.

Contrato

Fuad Noman afirmou não ter dúvida de que vão melhorar o serviço na próxima segunda-feira, caso contrário, a prefeitura vai usar todos os instrumentos que existem no contrato para pressionar e obrigá-los a cumprir. “Não é uma relação de querer ou não querer (cumprir o acordo), está no contrato. Há uma série de instrumentos, como multa e intervenção. Não queremos fazer nada disso, e, sim, que os ônibus voltem a rodar normalmente”, disse. As empresas de ônibus deixaram de pagar mais de um terço das multas recebidas nos 13 anos antes da pandemia, uma soma de cerca de R$ 92 mil.

By Evelyn

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