A TAP acusa a antiga CEO Christine Ourmières-Widener de ter trabalhado para uma consultora de viagens e aviação enquanto liderava a companhia aérea, ocultando esta informação e tendo “violando clamorosamente” o Estatuto do Gestor Público.
Este é, por isso, um motivo para a demissão por justa causa, de acordo com a contestação que a defesa da TAP entregou na segunda-feira, citada pelo ECO.
O Notícias ao Minuto já contactou fonte da companhia aérea na tentativa de obter mais informações, mas até ao momento não foi possível obter uma resposta.
Contudo, de acordo com a defesa da companhia aérea, desde dezembro de 2019 que Christine Ourmières-Widener é “fundadora, acionista e administradora da O&W Partners, com sede em Londres“, sendo que esta é uma “empresa de consultoria de viagens e aviação (travel & airline consulting)”.
Além disso, a antiga CEO nunca “informou ou sequer solicitou qualquer autorização” à TAP para a referida acumulação de cargos: “Na verdade, só no âmbito da preparação da presente ação é que a TAP tomou conhecimento de que a autora [Christine Ourmières-Widener] havia sonegado esta informação“, apontam os advogados de defesa da companhia aérea nacional.
De recordar que Christine Ourmières-Widener reclama 5,9 milhões à TAP. O Governo anunciou, a 6 de março, que a Inspeção-Geral de Finanças (IGF) tinha concluído que o acordo celebrado para a saída antecipada de Alexandra Reis da TAP era nulo e que ia pedir a restituição dos valores.
Os ministros das Finanças e das Infraestruturas anunciaram também a exoneração com justa causa da presidente executiva da TAP, Christine Ourmières-Widener, e do presidente do Conselho de Administração, Manuel Beja.
A então presidente executiva da TAP contestou o despedimento e acusou o Governo de ter tido “pressa política” para a demitir, sendo que já tinha dito que avançaria com o processo.
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