Ucrânia tenta recuperar cidades estratégicas perdidas para os russos. MIGUEL MEDINA / AFP – 08.07.22

Sete pessoas morreram e cerca de 60 ficaram feridas em um bombardeio ucraniano na região de Kherson, ocupada pela Rússia, anunciaram as forças de ocupação de Moscou nesta terça-feira (12).

“Há sete mortos e cerca de 60 feridos” devido ao bombardeio ucraniano da cidade de Nova Kakhovka, no sul da Ucrânia, disse ao Telegram Vladimir Leontiev, chefe da administração civil-militar instalada pela Rússia na região de Kherson.

Uma vice-líder da administração de ocupação de Kherson, Ekaterina Gubareva, também relatou sete mortos e acusou as forças ucranianas de terem bombardeado com o lançador de mísseis múltiplo americano HIMARS.

No momento, não foi possível verificar essas alegações com fontes independentes.

Já a Ucrânia afirmou que atacou alvos militares em Nova Kajovka, com um saldo de 52 soldados russos mortos e um depósito de munição destruído. Nas imagens divulgadas pelas autoridades de ocupação, vários prédios são vistos destruídos.

“Dúzias de casas foram atingidas… pessoas estão sendo retiradas dos escombros”, disse Leontiev. “É uma tragédia terrível”, disse ele. O número de vítimas “vai aumentar porque a magnitude dos danos é enorme”, acrescentou Leontiev.

“É claro que este é um ataque deliberado, violento e cínico com mísseis de alta precisão, não há alvos militares aqui (…) armazéns, lojas, uma farmácia, postos de gasolina e até uma igreja foram atacados”, disse ele. Disse, denunciando um “ato de terrorismo”.

A região de Kherson, na fronteira com a península da Crimeia, anexada por Moscou em 2014, é amplamente ocupada por forças russas, que realizam uma ofensiva contra a Ucrânia desde 24 de fevereiro.

O exército ucraniano vem realizando uma contra-ofensiva na frente de Kherson há várias semanas, enquanto a maior parte das tropas russas está posicionada em Donbas, no leste da Ucrânia.

Kyiv conseguiu recuperar terreno e se aproximar de Kherson, uma cidade de 290.000 habitantes, mas ainda conseguiu penetrar profundamente nas defesas russas.

By Evelyn

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