O dólar anulou as perdas de mais cedo e fechou em apenas alta numérica nesta sexta-feira (22), mas suficiente para renovar a máxima em seis meses, com um aumento da busca por segurança no fim da tarde dando fôlego à moeda norte-americana antes da aguardada decisão de juros nos EUA da próxima semana.
O dólar ficou praticamente estável no encerramento do pregão à vista, com ligeira valorização de 0,02%, a R$ 5,49. É o maior patamar para fechamento desde 24 de janeiro.
Mesmo terminando no zero a zero, a tônica do dólar foi mais forte na segunda metade da sessão, já que a moeda veio de queda de 1,11%, a R$ 5,43, na mínima de mais cedo. Na máxima, alcançou R$ 5,50, ganho de 0,16%.
Na semana, o dólar subiu 1,70%, o que deixa o real na terceira pior colocação num grupo de sete divisas emergentes no período.
Em julho, a cotação salta 5,09%, reduzindo as perdas no ano para apenas 1,36%.
O Ibovespa fechou com um declínio discreto nesta sexta-feira (22), após cinco altas seguidas, em meio a movimentos de realização de lucros endossados pelo desempenho negativo das bolsas norte-americanas, enquanto Vale e Petrobras atenuaram a perda.
Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa cedeu 0,12%, a 98.912 pontos, de acordo com dados preliminares. Antes dos ajustes, o volume financeiro somava R$ 16,7 bilhões.
Apesar da queda, o Ibovespa acumulou elevação de 2,46% na semana, uma vez que nos últimos dias arrefeceram os temores de que o banco central dos Estados Unidos poderia acelerar o ritmo de alta da taxa de juros norte-americana neste mês.
A validação dessa perspectiva ocorrerá na próxima quarta-feira, quando o Banco Central Americano anuncia decisão de política monetária. No mercado, prevalece a aposta de que ele irá manter o ciclo de alta com um aumento de 0,75 ponto percentual.