Um levantamento da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) aponta que 40 mil cafezais no Brasil são comandados por mulheres. Apesar do volume parecer alto, a pesquisa indica que o número representa apenas 13,2% do total de plantio do grão.

Especialistas destacam papel de associações Reprodução / Record TV Minas

O estudo de 2021, que faz um raio-x da presença feminina no setor, mostra que mais que o dobro de mulheres (88.700) estão ligadas à cafeicultura como esposas dos produtores, sendo responsáveis secundárias pelas lavouras.

Essa participação da mulher no ramo de café foi tema do terceiro episódio da série Café com Aroma de Minas, na Record TV Minas.

A economista Bárbara Werner, de 31 anos, comanda uma plantação de 12 mil pés de cafés em Alto Jequitibá, a 312 km de Belo Horizonte. Ela faz parte da sexta geração de uma família de cafeicultores. Mesmo assim, avalia que há preconceito no meio.

“Isso acontece desde o fato de os homens acharem que não sabemos fazer absolutamente nada ou quando temos serviço para pedir para fazer, eles não fazem como pedimos”, lamenta.

Especialistas apontam que associações podem fortalecer a presença feminina no setor. Um exemplo com atuação no Brasil é a Aliança Internacional das Mulheres do Café, entidade que divulga e valoriza o café de qualidade e incentiva a participação feminina nas decisões da cafeicultura.

“A mulher quando é unida, a força dela cresce. Nós somos competentes, mas precisamos nos unir para mostrar essa competência”, diz a diretora de relações internas da Aliança, Dulcinéia Carvalho.

Assista a íntegra do episódio no início da reportagem. Veja outros conteúdos em texto e em podcast sobre o tema neste link. A série “Café com Aroma de Minas” é um oferecimento do Sistema Faemg, Senar, Inaes e Sindicatos. A união e a força do campo.

By Evelyn

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