A primeira-ministra Sanna Marin e o presidente da Finlândia, Sauli Niinistö Heikki Saukkomaa/Lehtikuva/AFP-15/05/2022

A Finlândia tomou a decisão de se candidatar à adesão à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), anunciou oficialmente o presidente finlandês, Sauli Niinistö, e a primeira-ministra do país nórdico, Sanna Marin, neste domingo (15). A medida é uma consequência direta da invasão russa da Ucrânia. 

O chefe de Estado e um comitê de política externa “decidiram conjuntamente que a Finlândia vai se candidatar à adesão à Otan”. “É um dia histórico. Uma nova era está começando”, disse o presidente finlandês em entrevista coletiva.

O parlamento da Finlândia deve examinar o projeto de lei de adesão na segunda-feira (16), mas estima-se que uma grande maioria apoie a iniciativa.

Arte/R7

A Finlândia, que compartilha uma fronteira de 1.300 quilômetros com a Rússia, permaneceu como um país não alinhado durante 75 anos.

Mas depois que a Rússia iniciou a invasão da Ucrânia em fevereiro, o consenso político e a opinião pública se inclinaram a favor da adesão à Otan.

O presidente finlandês e a primeira-ministra Sanna Marin anunciaram na quinta-feira que eram favoráveis a uma adesão “sem demora” à Aliança Atlântica.

No sábado, o presidente finlandês ligou para o colega russo, Vladimir Putin, para comunicar que o país solicitaria a adesão de maneira iminente. 

Moscou advertiu em várias ocasiões para as consequências se Helsinque aderir à Otan.

Desde 2007, a Rússia exige do Ocidente que não aumentem os territórios da Otan. O chanceler russo, Sergei Lavrov, afirmou neste ano que o pedido do país parece um “diálogo de surdos”, em alusão ao constante expansionismo da Aliança Militar.

Nas próximas semanas, a Suécia também pode seguir este passo e anunciar o desejo de entrar na Aliança.

By Evelyn

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