A Polícia Civil do Rio analisa conteúdo de vídeos que mostram o perito Renato Couto, de 41 anos, antes de ser colocado na van e ser jogado no rio Guandu, onde morreu. As imagens teriam sido gravadas na sexta-feira (13).

Vídeo mostram homens colocando outro dentro de uma van Reprodução

Em um primeiro vídeo, o policial (de verde) aparece discutindo com o dono do ferro-velho quando foi cobrar as peças que foram roubadas de sua obra. Em outro vídeo, é possível ver quatro homens colocando um homem dentro de uma van.

Ontem, o corpo de Renato foi achado no rio Guandu, em Japeri, e encaminhado para o IML. O laudo apontou que ele morreu de asfixia por afogamento, o que pode indicar que ele foi jogado no local ainda com vida.

Durante a tarde, os quatro suspeitos tiveram as prisões convertidas em preventiva. O juiz Rafael de Almeida Rezende negou os pedidos de liberdade das defesas dos militares da Marinha Bruno Santos de Lima, Manoel Vitor Soares e Daris Fidelis Motta, além de Lourival Ferreira de Lima, pai de Bruno.

O magistrado destacou que a manutenção da prisão dos acusados é necessária para a garantia da ordem pública. Além disso, considerou que a gravidade do crime indica a periculosidade do grupo.

O crime

Perito foi morto por militares

Perito foi morto por militares
Reprodução/Redes sociais

Após ter materiais de construção de uma obra furtados, Renato foi a um ferro-velho clandestino de propriedade de Lourival, que tinha o filho Bruno como sócio, para tentar recuperar os prejuízos, de acordo com as investigações.

Na última sexta (13), o policial foi sequestrado por Bruno com a ajuda de Manoel e Daris, e levado em uma van da Marinha. Ele foi espancado e baleado pelos homens, com a participação de Lourival na cena, e depois foi jogado no rio Guandu ainda com vida. O perito morreu em decorrência de asfixia por afogamento, como revelou o laudo de necropsia.

Os quatro responsáveis foram presos no domingo (15), e o corpo de Renato foi encontrado e identificado hoje.

A irmã do perito falou, em entrevista à Record TV Rio, que sente revolta pela morte de Renato e descreveu o irmão como um “exemplo de homem”. O policial deixa dois filhos e a esposa.

A Polícia Civil determinou a interdição, no domingo (15), do ferro-velho administrado por Lourival e Bruno, na avenida Radial Oeste. De acordo com a instituição, o local operava sem licença para funcionamento.

Em nota, a Marinha do Brasil lamentou o ocorrido, oferecendo solidariedade aos familiares da vítima. A corporação afirmou que está colaborando com os órgãos responsáveis pela investigação e que abriu um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias da ocorrência.

By Evelyn

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