Em plena tempestade de neve de proporções históricas, os norte-americanos encontraram uma forma de olhar de forma particular para uma situação adversa, graças às palavras do jornalista desportivo Mark Woodley.
Na cidade de Waterloo, no estado do Iowa, a televisão local KWWL viu-se com poucos jornalistas para cobrir uma das maiores tempestades a que o país já assistiu. Para contornar a situação, chamou para trabalhar umas horas mais cedo um jornalista especializado em desporto.
As imagens e palavras de Mark Woodley, pouco habituado a noticiar meteorologia e a trabalhar debaixo de condições menos agradáveis, tornaram-se virais. Graças às novas estatísticas apresentadas pelo Twitter, é possível ver que o vídeo publicado pelo repórter já foi visto mais de 28 milhões de vezes.
“Eu normalmente faço desporto, mas foi tudo cancelado durante os próximos dias”, admitiu Woodley, contando que foi chamado para o trabalho cinco horas mais cedo do que o habitual para “ficar de pé ao vento, à neve e ao frio, para dizer aos outros para não fazer o mesmo”.
O próprio Mark Woodley publicou uma compilação dos momentos em que comentou o mau tempo. Pode ver o vídeo clicando na galeria em cima.
O jornalista contou também que está “habituado a fazer programas de 30 minutos, e geralmente esses programas são no interior”. Brincando com a situação, Woodley afirmou que “a cobertura vai ser longa”, pelo que incentivou os telespetadores “a ficar durante as próximas horas” para o ver “ficar cada vez mais carrancudo”
Noutro vídeo, Woodley disse ter “boas notícias”. “As boas notícias são que ainda sinto a cara. As más notícias são que gostava de não a sentir”, acrescentou.
Perto do final da transmissão, o repórter perguntou em direto se podia “voltar ao trabalho normal”. “Tenho a certeza que vocês acrescentaram uma hora ao programa só porque alguém quer torturar-me”, gozou.
Segundo contou mais tarde à CNN, que detém a televisão local KWWL, Mark Woodley não sabia sequer que existia alguém a entrar às 3h30 da manhã, admitindo que algumas das coisas que disse foram ditas por causa do sono.
“Estávamos um pouco aos papéis, como qualquer redação do país. Por isso é que estava nesta situação. Sou um jogador de equipa. Se me pedirem, farei o mesmo, mas será um pesadelo. Espero que não me voltem a pedir para fazer o mesmo”, desabafou o jornalista.
Os Estados Unidos estão a enfrentar uma das piores tempestades da sua história, com a neve, o gelo, o vento e cheias a afetarem uma grande parte do país, provocando graves constrangimentos nas estradas e nos aeroportos em véspera de Natal.
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