“O mundo perdeu um dos maiores teólogos dos séculos XX e XXI, um colaborador próximo de São João Paulo II”, o seu antecessor polaco no Vaticano, escreveu o chefe de Estado na plataforma social Twitter.

De igual forma, também o primeiro-ministro da Polónia, Mateusz Morawiecki, recorreu ao Twitter para assinalar que “ao longo da sua vida, Bento XVI mostrou a profundidade espiritual e intelectual do cristianismo”.

“Deixa para trás um grande legado — que o façamos durar”, acrescentou o chefe do Governo nacionalista polaco.

Já o presidente da Conferência Episcopal da Polónia, o arcebispo Stanislaw Gadecki, recordou os santos e beatos que Bento XVI proclamou durante o seu pontificado, destacando o seu antecessor, João Paulo II.

Seguindo “os passos de São João Paulo II, tornou-se um peregrino do mundo, fazendo 24 viagens apostólicas ao estrangeiro, incluindo à Polónia em 2006”, registou o arcebispo na sua carta de condolências.

O papa emérito Bento XVI, que morreu hoje com 95 anos, abalou a Igreja ao resignar do pontificado por motivos de saúde, a 11 de fevereiro de 2013, a dois meses de comemorar oito anos no cargo.

Joseph Ratzinger nasceu em 1927 em Marktl am Inn, na diocese alemã de Passau, e foi Papa entre 2005 e 2013.

Ratzinger tornou-se no primeiro alemão a chefiar a Igreja Católica em muitos séculos e um representante da linha mais dogmática da Igreja.

Os abusos sexuais a menores por padres e o “Vatileaks”, caso em que se revelaram documentos confidenciais do papa, foram casos que agitaram o seu pontificado.

Bento XVI ordenou uma inspeção às dioceses envolvidas, classificou os abusos como um “crime hediondo” e pediu desculpa às vítimas.

Durante a viagem a Portugal, em maio de 2010, Bento XVI disse que “o perdão não substitui a justiça”.

Leia Também: Bento XVI. Igreja Ortodoxa russa destaca “valores tradicionais”

By Evelyn

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *