Uma mulher britânica, a viver em Londres, Inglaterra, ficou com parte de uma lâmina dentro da barriga durante cinco dias após ter realizado uma operação para remover os ovários.
O caso remonta a 2016 e, agora, com 49 anos, a utente decidiu contar a história. “Quando acordei [após a operação], senti algo na minha barriga”, contou ao Metro.co, acrescentando que, mais tarde, os médicos se aperceberam que o bisturi que tinha sido usado durante a operação, tinha-se partido e “deixaram parte dentro da barriga”.
“Estava fraca, perdi muito sangue, estava com dores e tudo o que conseguia fazer era chorar”, relatou a mulher.
A lâmina, que ficou dentro da barriga durante cinco dias, obrigou à permanência da utente no hospital durante mais duas semanas. “Perdi a esperança, perdi a fé neles [médicos], não confio mais neles”, frisou.
O número de objetos deixados dentro dos pacientes durante intervenções médicas aumentou quase para o dobro em duas décadas em Inglaterra. Entre os objetos encontrados dentro das pessoas, há relatos de cotonetes, e dispositivos cirúrgicos, incluindo brocas e bisturis.
Os dados a que o Metro.co teve acesso mostraram entre 2021 e 2022, houve 291 casos de “objetos estranhos acidentalmente deixados no corpo durante cuidados cirúrgicos e médicos”. De 2001 a 2002 tinham sido 156.
“Infelizmente, continuam a existir casos de retenção de objetos após cirurgia, resultando em pacientes readmitidos no hospital, submetidos a uma segunda cirurgia, sofrendo de sepse ou infeção e danos psicológicos”, salientou Emmalene Bushnell, do departamento de negligência médica, acrescentando que “estes casos não devem ocorrer”.
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