A Seop (Secretaria de Ordem Pública) e a Polícia Civil demoliram, nesta segunda-feira (23), um ferro-velho clandestino na Praça da Bandeira. Os responsáveis pelo estabelecimento são Lourival Ferreira e seu filho, o sargento da Marinha Bruno Santos de Lima. Ambos são acusados da morte do policial civil Renato Couto de Mendonça.
Segundo a pasta, no local foram destruídos três contêineres que funcionavam como área administrativa do estabelecimento e um portão de ferro que cercava o espaço.
Na semana passada a secretaria realizou uma ação de limpeza no local que ocupa ilegalmente um terreno que pertence à Supervia.
Em janeiro, a Seop já havia realizado uma operação no local e interditado o estabelecimento. Na ocasião, Lourival e Bruno foram encaminhados à delegacia para prestar esclarecimentos sobre os materiais encontrados pelos fiscais. As informações foram enviadas à Polícia Civil.
Morte de perito
Lourival e Bruno foram acusados junto com o sargento Manoel Vítor da Silva Soares e o cabo Daris Fidelis Motta pela morte de Renato Couto. A Justiça aceitou, na quinta-feira (19), a denúncia feita pelo MP-RJ contra eles.
De acordo com os promotores, os acusados agrediram Mendonça a socos e dispararam três tiros contra ele.
Renato foi até o ferro-velho de Lourival, na praça da Bandeira, centro do Rio, na última sexta (13), para recuperar materiais que haviam sido roubados de sua obra. No dia seguinte, o perito foi alvo de uma emboscada que teve participação do filho de Lourival, Bruno, e dos outros militares.
Vídeos de câmeras de segurança das ruas mostram uma discussão. Em outras imagens, é possível ver o momento em que Renato, já baleado, é colocado dentro da van.
Os assassinos foram presos no domingo (15). O ferro-velho foi vistoriado pela Polícia Civil e pela Seop (Secretaria Municipal de Ordem Pública), que encontraram uma farda da Marinha no local.