Segundo diferentes jornais digitais, Vladimir Turró, do canal Cubanet, foi detido esta manhã, após deixar a casa da líder do grupo dissidente Damas de Blanco, Berta Soler, e foi libertado quase três horas depois.
Também nesta quarta-feira, o repórter Julio Aleaga foi preso várias horas, segundo o portal independente 14ymedio.
“Mantiveram-me no carro durante duas horas e levaram-me para a esquadra de Zanja (…) dois agentes interrogaram-me separadamente”, disse o repórter em declarações ao 14ymedio.
No domingo passado, o repórter da Cubanet Osniel Carmona foi interrogado num posto de comando da polícia depois de ter gravado no último dia da Feira Internacional do Livro de Havana.
A jornalista Yoani Sánchez, que dirige o 14ymedio, denunciou também hoje que a redação do seu meio de comunicação social sofreu um corte na internet e nas linhas telefónicas.
Já o monopólio estatal ETECSA informou esta quarta-feira que houve problemas com as linhas móveis devido “à falha de um cartão que afetou os equipamentos envolvidos no processamento de chamadas”.
Yoani Sánchez questionou a explicação: “Coincidentemente esses números (afetados) são de ativistas, jornalistas independentes e opositores. O que está acontecendo? Infelizmente esta é a ilha do sigilo”, criticou em declarações à agência de notícias espanhola EFE.
Sánchez também censurou as prisões neste dia e descreveu-as como “uma tentativa de que as vozes que permanecem dentro de Cuba abandonem os hábitos de ativismo, jornalismo independente, oposição ou civilidade ou fazerem as malas e irem embora”.
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