A residência onde os quatro estudantes da Universidade do Idaho, nos Estados Unidos, foram assassinados será demolida, anunciou, esta sexta-feira, a faculdade, naquilo que descreveu como “um passo para a cura”.

“O dono da casa em King Street ofereceu-se para a dar à universidade, o que aceitámos. A casa será demolida. Este será um passo para a cura e removerá a estrutura física onde o crime que abalou a nossa comunidade foi cometido”, disse a entidade, em comunicado.

A instituição revelou ainda que criará um memorial destinado às vítimas, Kaylee Gonçalves e Madison Mogen, de 21 anos, e Xana Kernodle e Ethan Chapin, de 20 anos, que foram assassinados a 13 de novembro, numa propriedade fora do campus da universidade, na cidade de Moscow, onde estudavam.

O monumento, que ficará no centro de um jardim, será também “um local de lembrança de outros estudantes que perdemos e um local de cura para aqueles que ficaram para trás”, contando com a participação dos alunos da faculdade.

A universidade anunciou também a criação de bolsas de estudo em nome de Xana, Ethan e Madison, assegurando estar em contacto com a família de Kaylee, para que uma bolsa seja lançada em seu nome.

“Às vezes é difícil ver além desta tragédia. Mas os atos altruístas, o profundo envolvimento e o apoio de toda a nossa família lembram-nos de que há tanta coisa boa no mundo. Nunca esqueceremos Xana, Ethan, Madison e Kaylee, e faremos tudo aquilo que está ao nosso alcance para proteger a sua dignidade e respeitar a sua memória”, rematou a entidade.

Recorde-se que, segundo a família, Kaylee já não residia naquela casa, estando no local no dia dos homicídios apenas para mostrar o seu carro novo à melhor amiga, Madison, e para ir a uma festa ali perto. A jovem suspeitava também que estava a ser perseguida por alguém.

Na verdade, Bryan Kohberger, suspeito de ter assassinado os quatro estudantes, teria “mais do que uma fotografia” de uma das vítimas no seu telemóvel, cuja identidade não foi revelada, de acordo com informações a que a revista People teve acesso.

Mais de um mês depois dos homicídios, Kohberger, de 28 anos, foi acusado pelos quatro assassinatos, após ter sido detido na casa da sua família, no condado de Monroe, na Pensilvânia, a 30 de dezembro.

O estudante de doutoramento no Departamento de Criminologia da Universidade de Washington não contestou a extradição para o Idaho, para onde foi transportado no dia 4 de janeiro.

A detenção ocorreu na sequência de sete semanas de investigação, marcadas pela ansiedade e luto daquela vila universitária. O suspeito vivia no campus da sua universidade, a apenas 15 minutos da casa onde os quatro jovens foram encontrados sem vida.

Kohberger terá deixado restos de ADN na cena do crime, tendo passado pelo menos 12 vezes pela casa antes dos homicídios. O suspeito será novamente ouvido em tribunal no dia 26 de junho.

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By Evelyn

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