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Os advogados que representam o adolescente de 14 anos, espancado pelo vizinho no Distrito Federal, pediram na Justiça uma medida protetiva de urgência para evitar que o homem se aproxime da vítima. A família teme novas agressões, já que vivem perto do suspeito no Núcleo Bandeirante. O agressor prestou depoimento à polícia nesta quarta-feira (27), mas não está preso.

“É fato indubitável que o quadro fático traz à tona a descrição de que a vítima e seus familiares se encontram em situação de risco e grave ameaça”, escreveram as advogadas, Andrea Quadros e Débora Enéas. Elas relatam que o jovem ainda sente dores físicas, a mãe estaria à base de remédios para ansiedade e que a avó “só faz rezar”.

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As representantes do menino argumentam que ele sofre de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção) e TEA (Transtorno do Espectro Autista). O desentendimento teria sido motivado pela irritação de Victor de Sales Batista com os assovios que o menino produz para chamar a atenção da mãe no portão.

Na peça, as advogadas argumentam que o registro da ocorrência como lesão corporal, injúria, ameaça foi indevido e que o caso se trataria de tentativa de homicídio por motivo fútil.

Vaquinha

Por incentivo das advogadas, a família está promovendo uma vaquinha virtual para arrecadar recursos e se mudarem da área rural de Divinéia, no Núcleo Bandeirante. A meta é reunir R$ 20 mil. O jovem vive com a mãe, a avó, de 90 anos, que está cega e uma prima de 5 anos.

Agressão

A agressão ocorreu no sábado passado em uma quadra de esportes e foi filmada por testemunhas. Victor relatou que naquele dia, tinha saído para caminhar e passou pelo local, perto da casa de ambos, e onde o jovem jogava bola com amigos. Durante a partida, ele entrou na quadra e desferiu um soco no adolescente, que caiu no chão. Em seguida, passou a chutá-lo. Assista ao vídeo:

A irritação de Victor com o menino teria começado porque ele assoviava no portão para chamar a atenção da mãe. Sem a cópia da chave, era assim que ele conseguia entrar em casa. Mas o barulho incomodava o vizinho. As autoridades apuram a conduta dele no âmbito da queixa de agressão, e, por ora, o caso é investigado como lesão corporal, injúria e ameaça contra o jovem.

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