Fontes da Presidência francesa insistiram hoje em que Macron pretende que haja “uma discussão estratégica” sobre se a energia nuclear deve ter um papel na descarbonização, durante o Conselho Europeu que vai decorrer em Bruxelas, nas próximas quinta e sexta-feira.

Esta questão motiva uma forte discussão na UE desde há meses.

De um lado está um bloco pró nuclear liderado pela França, que conta com 11 Estados membros, que enfrenta do outro um grupo, liderado pela Alemanha, que considera que colocar ao mesmo nível a energia nuclear e as renováveis é prejudicial a estas.

A França considera que não se pode discriminar a energia nuclear, uma vez que cada Estado é livre para decidir a sua política energética, sempre que se ajuste aos objetivos da UE para alcançar a neutralidade em carbono, no horizonte de 2050, com uma redução de 55% das emissões de carbono em relação ao nível de 1990.

Em França, os 56 reatores nucleares em serviço geram em condições normais cerca de 70% da eletricidade do país, com Macron a fazer uma aposta nesta tecnologia.

Leia Também: Macron mantém-se firme sobre lei das aposentações, apesar dos protestos