O ex-companheiro de Lucilene Ferrari, investigado como suspeito pela morte da empresária que havia desaparecido em 2019, afirmou nesta quinta-feira (28) ao Cidade Alerta que tinha “esperança” de encontrar Lucilene Viva. “Tinha esperança de encontrar ela de outra forma. Como não foi possível, infelizmente, que ela descanse em paz. Qua a mãe dela, dona Luiza, possa ter um pouco mais de paz. Que para a mãe não deve ser fácil”, afirmou Vanderlei Meneses.
A equipe de reportagem encontrou Vanderlei em Goiás, longe, portanto, de Porto Ferreira (SP), onde ela residia com Lucilene até o desaparecimento da empresária, que era dona de um hotel.
Vanderlei trabalha com móveis em seu novo endereço e falou brevemente sobre o caso. Ele nega ser o autor do crime. “Eu confio muito na Justiça. Apurar não compete a mim, compete às autoridades. Que se puna quem for o culpado”, afirmou. “Tenho fé e consciência tranquila. É o que me guiou desde o princípio”, concluiu.
Lucilene Ferrari foi enterrada no fim da manhã desta quinta-feira (28), no cemitério de Porto Ferreira, no interior de São Paulo, mais de dois anos após seu desaparecimento. Amigos e familiares, muito comovidos com a situação, pedem justiça.
De acordo com o repórter Leonardo Lara, da Record TV, que acompanhou o velório e o enterro da vítima, familiares e amigos de Lucilene chegaram a duvidar que poderiam se despedir dela após tanto tempo desaparecida.
O único filho da vítima passou mal a caminho do cemitério e acabou não conseguindo prestar as últimas homenagens à mãe. A irmã de Lucilene, que veio do Pará, também estava bem emocionada.
O principal suspeito do crime é Vanderlei Meneses, que seria companheiro da vítima na época. A polícia pediu a prisão preventiva do homem, mas ainda não há manifestação do Poder Judiciário, então, ele não é considerado foragido da Justiça.
Quando Lucilene desapareceu, Vanderlei foi interrogado pela polícia, mas, na ocasião, afirmou que a mulher estaria viva e em local desconhecido. O homem chegou a ser preso, mas foi liberado.
A confirmação da morte da mulher, desaparecida desde 24 de dezembro de 2019, ocorreu na última terça-feira (26). O corpo dela foi encontrado por um cachorro em uma área de canavial em Porto Ferreira, cidade onde ela era dona de um pequeno hotel.
Segundo Gisele Santos, prima da vítima, a ossada foi localizada em uma área rural perto do município vizinho de Pirassununga. Um cachorro pertencente a trabalhadores rurais encontrou o corpo em uma pequena cova coberta com cimento e cal, e a polícia foi chamada. Após a análise da arcada dentária e exames de DNA, ficou comprovado que se tratava da empresária.