Laudo conclui que reboque de carro alegórico foi inadequado e poste é irregular Reprodução/ PCERJ

A Polícia Civil concluiu o laudo pericial da reprodução simulada do acidente que matou Raquel Antunes, de 11 anos, na área de dispersão do Sambódromo, no Rio de Janeiro, no dia 20 de abril de 2022. De acordo com os peritos, o carro alegórico que imprensou a menina foi rebocado de maneira errada, sem visão do condutor do caminhão. 

Além disso, o poste da rua Frei Caneca estava posicionado de forma irregular, em cima da calçada. O não isolamento para impedir o deslocamento de pessoas no local também contribuiu para o acidente fatal. 

Dentre as incoerências apuradas pelos investigadores, está a ausência de auxiliar no setor lateral direito do conjunto para orientar o condutor do caminhão. Havia pouca luminosidade para visualização no retrovisor do veículo. 

Ainda segundo a conclusão, o reboque foi feito através de correntes e parafusos, em desacordo com o Código de Trânsito Brasileiro. 

Acidente e morte de Raquel

Raquel Antunes da Silva, de 11 anos, subiu no carro alegórico da escola Em Cima da Hora, na área de dispersão do Sambódromo, no primeiro dia de desfiles das escolas de samba. E em seguida, o carro se movimentou e esmagou as pernas dela contra um poste (irregularmente posicionado na rua Frei Caneca).

Raquel morreu após 2 dias internada

Raquel morreu após 2 dias internada Reprodução

Uma amiga da família disse, na época, que a menina foi à praça para passear com a mãe e que brincava quando houve o acidente. “Raquel era uma criança. E, como toda criança que sonha, que brinca, uma coleguinha a chamou para ver o carro. Quando a mãe foi ver, o acidente já tinha acontecido”, disse.

A vítima chegou a amputar uma das pernas durante cirurgia no Hospital Municipal Souza Aguiar, no centro da cidade. Ela ficou quase dois dias internada em estado grave mas não resistiu

Raquel sofreu um traumatismo no tórax e teve duas paradas cardiorrespiratórias.

Após o grave acidente com a criança, o Ministério Público do Rio de Janeiro avaliou que a organização do Carnaval do Rio violou as regras de segurança recomendadas. A Polícia Civil, por meio da 6ª DP (Cidade Nova) investiga de quem é a responsabilidade da tragédia. O laudo pericial usou a versão do condutor do guindaste e um ajudante. 

*Estagiária do R7, sob supervisão de PH Rosa

By Evelyn

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