“O que está em causa é o trabalho precário, as más condições de trabalho, a falta de ferramentas e o baixíssimo salário, muito próximo do salário mínimo”, disse à agência Lusa Daniel Guerreiro, delegado sindical e membro da Comissão de Trabalhadores da Lauak em Setúbal.

“Estamos a falar do setor da aeronáutica, com muita especialização e responsabilidade, em que estes salários são inadmissíveis”, acrescentou o sindicalista.

A acompanhar o protesto dos trabalhadores da Lauak esteve também o coordenador da União de Sindicatos de Setúbal (USS), Luís Leitão, que acusa a empresa de apresentar como contraproposta um prémio anual de 500 euros, mas que está dependente de muitas variáveis, o que poderá deixar de fora muitos trabalhadores.

“Se há dinheiro, ele que venha com os salários, que reverta para os salários e não para um prémio, que é discricionário e ambíguo”, disse o sindicalista afeto à CGT/IN, lamentando que a administração da Lauak não siga o exemplo de outras empresas como a Autoeuropa.  

“No último processo negocial, a Autoeuropa veio para a mesa de negociações, ouviu os trabalhadores, ouviu o descontentamento, e foi possível chegar a um acordo entre a administração e os trabalhadores”, disse Luís Leitão, considerando que o “patronato da Lauak tem outro tipo de cultura, do quero, posso e mando”.

Além das questões salariais, o coordenador da USS criticou também a administração da Lauak pelo alegado “desconforto térmico” na empresa, devido a uma avaria do ar condicionado, o que obriga os trabalhadores exercerem a atividade sob elevadas temperaturas.

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By Evelyn

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