A candidatura, formalizada em 2022 pela autarquia da capital do Alto Minho, em consórcio com a Associação Empresarial de Viana do Castelo (AEVC), “prevê a existência de uma loja central do bairro que servirá como unidade de gestão e monitorização”.

Em comunicado hoje enviado às redações, a autarquia explicou que o projeto do bairro comercial digital, apresentado publicamente na quinta-feira, contempla ainda “a utilização de sensores ambientais e plataformas de visualização de ocorrências que promoverão uma descentralização na gestão e organização da cidade, nesta área comercial”.

Nesta zona, “existirá um portfólio de serviços e equipamentos mais orientado para o consumidor, com uma identidade visual comum, montras digitais e mobiliário urbano inovador, expansão da rede pública de acesso à Internet”.

O projeto contempla também “um programa de eventos com vista à criação de um espaço moderno e atrativo, que promova a qualidade de vida e o bem-estar e que revitalize o comércio tradicional, através das tecnologias digitais aplicadas à cultura e património da zona histórica de Viana do Castelo”.

“O atendimento, o contacto presencial e a forma personalizada e acolhedora como os comerciantes recebem os seus clientes não será substituída, mas o investimento no digital pretende melhorar experiências, modernizar e ir ao encontro do que os clientes procuram atualmente”, sublinha a nota.

O projeto bairro comercial digital “obrigou a uma candidatura exigente, em duas fases, durante cerca de um ano, com a realização de um diagnóstico, mediante um inquérito a 421 estabelecimentos de comércio e serviços na zona histórica, e um plano de ação que demonstrou a viabilidade económica do projeto”.

No “inquérito realizado no âmbito da candidatura, mais de 70% dos comerciantes responderam favoravelmente à adoção de tecnologias digitais ao serviço do comércio local”, sendo que, “mais de 95% dos consumidores em Viana do Castelo realizam atualmente compras ‘online’, enquanto apenas 34,4% dos comerciantes vende ‘online’, pelo que o consumo digital se apresenta como uma oportunidade para os negócios”.

Entre “as 160 candidaturas ao PRR de várias cidades do país, Viana do Castelo ficou em terceiro lugar, com a aprovação de um investimento elegível de cerca de 1,2 milhões de euros, existindo ainda a expectativa de obter um valor maior, tendo em conta a qualidade do projeto”.

O projeto do bairro comercial digital pretende “privilegiar uma mobilidade inteligente, com gestão e monitorização dos fluxos de pessoas e veículos em tempo real, fomentando a fluidez e a harmonia de percursos e o aumento da mobilidade suave”.

No âmbito do consórcio, a autarquia vai “gerir a implementação das ações previstas no plano de ação do projeto, bem como disponibilizar os meios humanos e financeiros necessários para o seu sucesso”.

Já a AEVC “será responsável pela contratação de um gestor do bairro, previsto na candidatura, promovendo em conjunto com os comerciantes locais, várias medidas para formar e capacitar, divulgar e incentivar o uso das tecnologias digitais que serão disponibilizadas”.

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By Evelyn

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