O aeroporto de Heathrow de Londres está pedindo às companhias aéreas que parem de vender mais passagens para viagens neste verão , pois anuncia um limite para passageiros autorizados a voar do aeroporto.

O aeroporto de Londres limitará a 100.000 passageiros por dia até 11 de setembro, enquanto luta para lidar com a alta demanda e a falta de recursos, informa reportagm da CNN.

O CEO John Holland-Kaye anunciou a “difícil decisão” em uma carta aberta aos passageiros, dizendo que “nas últimas semanas, como o número de passageiros que partem regularmente excede 100.000 por dia, começamos a ver períodos em que o serviço cai a um nível que não é aceitável … Nossos colegas estão se esforçando para levar o maior número possível de passageiros, mas não podemos colocá-los em risco para sua própria segurança e bem-estar.”

Muitas companhias aéreas têm trabalhado para reduzir o número de passageiros que entram e saem de Heathrow. Mas Holland-Kaye disse que a última previsão de Heathrow mostrou que um número excessivo de assentos já foi vendido e, portanto, as companhias aéreas precisam parar de vender passagens agora.

“Mesmo apesar da anistia, os assentos diários de partida durante o verão serão em média 104.000 – dando um excesso diário de 4.000 assentos. Em média, apenas cerca de 1.500 desses 4.000 assentos diários foram vendidos aos passageiros, e por isso estamos pedindo aos nossos parceiros de companhias aéreas parar de vender bilhetes de verão para limitar o impacto sobre os passageiros”

Em 2018, o número diário de passageiros passando por Heathrow foi de quase 220.000, divididos entre chegadas e partidas.

A Lufthansa, que já cancelou milhares de partidas de Frankfurt e Munique para a temporada de verão, disse que pode fazer mais ajustes em sua programação “para os picos de tráfego em agosto”.

“A Lufthansa fez assim uma contribuição notável para aliviar os aeroportos, incluindo Londres Heathrow”, disse um porta-voz à CNN Business.

O chefe da Associação Internacional de Transporte Aéreo, o grupo que representa as companhias aéreas globais, chamou as restrições de viagem de Heathrow de “ridículas”.
“As companhias aéreas estão prevendo um tráfego mais forte do que Heathrow previu… elas claramente entenderam tudo errado”, disse Willie Walsh, diretor-geral da IATA. “Dizer às companhias aéreas que parem de vender – que coisa ridícula para um aeroporto dizer a uma companhia aérea”.

Walsh, ex-CEO da IAG, proprietária da British Airways, acrescentou: “Heathrow está tentando maximizar a lucratividade que obtém do aeroporto às custas das companhias aéreas”.

Um porta-voz de Heathrow rejeitou os comentários de Willie Walsh, dizendo à Reuters: “A aviação está sob considerável pressão à medida que a demanda aumenta – em Heathrow, enfrentamos 40 anos de crescimento em apenas quatro meses e o que precisamos é de trabalho colaborativo e investimento em serviços para proteger passageiros, não comentários mal informados de chefes de companhias aéreas aposentados.”