Depois de ter seu funcionamento interrompido para reabastecimento, iniciado em 12 de junho, a Usina Nuclear Angra 2 voltou a operar na terça-feira (26), e foi sincronizada ao SIN (Sistema Interligado Nacional) no mesmo dia, às 22h57. 

Segundo a Eletronuclear (Eletrobras Termonuclear), empresa responsável pela gestão e construção de usinas termonucleares no Brasil, a previsão é de que Angra 2 alcance 100% de sua potência ainda nesta quarta (27).

A paralisação foi necessária para a troca de um terço do combustível, procedimento realizado periodicamente. Também foram realizadas manutenções, testes e inspeções exigidas por especificações técnicas. No ano passado, a usina fez a pausa nessa mesma época.

Além da descarga e recarga do núcleo do reator, são feitas substituições de molas internas do vaso de pressão do reator, testes variados nos geradores de vapor, inspeção visual nos elementos combustíveis após o descarregamento do núcleo, testes de proteção no sistema de limitação do reator, e testes e manutenção preventiva nos transformadores de potência, entre outras atividades. 

Em 31 de maio, a Eletronuclear anunciou a desconexão da Usina Nuclear Angra 1 do SIN, ação necessária para a troca preventiva da válvula de um pressurizador, no circuito principal da unidade. A parada foi programada, feita em comum acordo com o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico). 

As usinas Angra 1 e 2 geram energia equivalente a aproximadamente 3% da eletricidade consumida no país, e 40% do consumo do estado do Rio de Janeiro. Angra 1 tem capacidade de 640 MW (megawatts) e Angra 2, 1.350 MW.

Em 2021, as duas usinas geraram, juntas, 14,7 milhões de MWh (megawatts-hora). O total é suficiente para atender cerca de 5,8 milhões de habitantes, ou toda a iluminação pública do Brasil durante um ano inteiro.