Apontando que o programa eleitoral do Chega para as eleições legislativas regionais da Madeira – que vão ocorrer em setembro ou outubro – será apresentado em breve, Miguel Castro adiantou desde já “que o mesmo assenta em duas ideias base, nomeadamente a reforma do sistema político e a luta por uma governação humanista, que faça das pessoas o princípio, o fim e o centro de todo o processo de decisão”.

“Porque sabemos que, quando as pessoas deixam de ser o centro da política, a política deixa de ser um serviço ao bem comum e passa a ser um negócio”, afirmou o presidente do partido na Madeira, na sua apresentação oficial como cabeça de lista às próximas eleições regionais, que decorreu no Funchal e contou com a presença do líder nacional do Chega, André Ventura.

Miguel Castro salientou que o programa eleitoral do Chega “assume, sem hesitações nem ‘mas’, um novo modelo de estar na vida pública, propondo medidas concretas em 12 áreas da governação, desde a Autonomia, a Administração Pública, o Setor Primário, a Identidade Cultural, os Transportes e o Ambiente à Coesão Social, Saúde, Economia, Educação, Segurança e Família”.

No seu discurso, o candidato do Chega teceu diversas críticas ao Governo Regional da Madeira, de coligação PSD/CDS-PP, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, e garantiu que quer, “sem receios, […] fazer melhor e escrever de forma determinada uma nova página na história política da Madeira”.

Miguel Castro reforçou que “a dificílima situação” em que a região se encontra exige do partido “uma reflexão séria e a coragem de apresentar soluções reais, honestas e verdadeiramente capazes de aportar esperança e valor à vida dos milhares de cidadãos e famílias que hoje veem e sentem o vazio governativo que lhe foi posto no prato”.

“Falo dos mais de 74 mil madeirenses em risco de pobreza, falo dos mais de 118 mil em listas de espera, falo do IVA mais alto de todas as regiões ultraperiféricas, falo dos monopólios instalados em setores fundamentais do nosso tecido económico”, sustentou.

O cabeça de lista do Chega às eleições legislativas regionais da Madeira criticou também a “carga fiscal que asfixia cidadãos e empresas” e lamentou que os madeirenses não consigam comprar casa nas suas cidades.

Falou ainda “das adjudicações diretas às empresas amigas, dos concursos públicos com vencedor antecipado, do enriquecimento ilícito de certos detentores de cargos públicos”, bem como do despesismo do executivo regional.

“Um Governo [Regional] que tanto nos envergonha e das redes tentaculares de amiguismo, compadrio e corrupção que sugam, sem pejo nem pudor, o dinheiro público que tanto sacrifício nos custa, pois é o dinheiro de todos nós”, defendeu.

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By Evelyn

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