São Paulo, Brasil
Um chute a gol do Corinthians.
14 do Boca Juniors.
75% de posse de bola argentina.
25% de posse brasileira.
A partir dos 24 minutos do segundo tempo, o Corinthians jogou com um a menos. Cantillo foi expulso infantilmente.
E o time ainda ficou sem técnico, com Vítor Pereira expulso.
Foi um sufoco.
Mas o Corinthians saiu da Bombonera com um empate importantíssimo, 1 a 1, diante do Boca Juniors. Segue líder do grupo E. Precisando apenas vencer o fraquíssimo Always Ready, em Itaquera, na próxima quinta-feira, dia 26, para se garantir nas oitavas da Libertadores.
“É um jogo muito difícil aqui. Eles ficaram com a posse, ficamos marcando atrás da linha, viemos com essa proposta. Então é um ponto muito importante para nós.
“Sabíamos que ia ser um jogo muito difícil aqui na Bombonera. Conseguimos sair na frente do placar, e graças a Deus levamos esse ponto para casa”, comemorava, Du Queiroz, volante que marcou seu primeiro gol com a camisa do Corinthians.
O plano tático de Vítor Pereira respeitou demais o Boca Juniors de Sebástian Battaglia. O português montou uma equipe com três zagueiros, seis jogadores nas intermediárias e apenas Jô à frente. Ele pretendia contragolpear.
Mas o que conseguiu foi atrair o Boca para o campo do Corinthians. A marcação pressão, treinada pelos argentinos, que precisavam desesperadamente pontuar, sufocou o time paulista.
Foi enorme decepção a atuação de Robson Bambu, João Victor e Raul Gustavo. Inseguros, tensos, sentiram a pressão em atuar no mítico estádio do Boca Juniors.
Lucas Piton jogou mais sério, mais concentrado. E Fábio Santos teve excelente atuação, marcando muito forte pela esquerda.
Du Queiroz se desdobrava, ao lado de Maycon. Willian e Gustavo Mosquito foram anulados. Assim como Jô, unico atleta de referência na frente.
O Boca optou pelo 4-5-1, com seu time todo adiantado. Pressionando a saída de bola corintiana. Na única vez que o Corinthians criou uma chance, depois de um escanteio, e marcou.
Du Queiroz aproveitou o rebote de bola dividida com Raul Gustavo. O chute saiu mascado, fraco, mas a pouca velocidade acabou por atrapalhar o goleiro Rossi, que falhou. Corinthians 1 a 0, aos quatorze minutos do primeiro tempo.
O gol incendiou de vez a Bombonera. A pressão do Boca Juniors nunca foi respondida por sabedoria. Porque faltavam para o Corinthians jogadores capazes de segurar a bola. E não apenas chutá-la para a frente.
Mesmo sem técnica refinada, ou jogadores talentosos, o Boca Juniors encurralava o Corinthians em sua área. A pressão deu certo aos 41 minutos, quando Raul Gustavo rebateu mal bola cruzada para a área. A sobra ficou com o atacante Benedetto, que não deu chances para Cássio. 1 a 1.
O segundo tempo inteiro foi de domínio assustador do Boca Junior. Os três zagueiros do Corinthians eram muito marcados e erravam passes e mais passes de forma amadora.
Faltava criatividade para o Boca, que insistia em cruzamentos, levantamentos para a área.
Aos 11 minutos, Vítor Pereira trocou três jogadores. Colocou Renato Augusto, Gustavo Mantuan e Cantillo. Tirou Maycon, cansado, Willian, improdutivo, e Robson Bambu, tenso. Alterou a maneira de o Corinthians se defender. O time passou a atuar no 4-5-1.
O Boca seguiu melhor. E aos 20 minutos, o Corinthians quis fazer cera. Cássio chutou para fora bola para Fábio Santos, que estava caído, ser atendido. Mas ao perceber que o jogo seria reiniciado, o lateral se levantou imediatamente. Os jogadores do Boca Juniors não gostaram e partiram para a ofensa, troca de empurrões.
Na arte de provocar, os argentinos são mestres.
Cantillo acabou caindo, ao tentar dar cabeçada em Fernández. Acabou expulso. Como o técnico Vítor Pereira, que exigia também a expulsão de um jogador do Boca Juniors.
Se 11 contra 11, o Corinthians já sofria. Com um a menos, tratou de montar duas linhas, uma de quatro defensores e outra de marcação, com cinco atletas.
E lutou demais para segurar o empate.
Teve também sorte, quando aos 46 minutos, a bola foi levantada para a área corintiana. Salvio ficou cara a cara com Cássio. Mas cabeceou para fora.
No fim, o Corinthians conseguiu empatar.
Mas respeitou demais o clube Boca Juniors.
Seu time atual é fraco, para um esquema tão defensivo de Vítor Pereira.
O resultado disfarça o erro do treinador português…