Torcedores filmaram o helicóptero sobre o Mineirão Reprodução / Record TV Minas

A empresa dona do helicóptero que fez um sobrevoo rasante no Estádio do Mineirão, durante a partida entre Cruzeiro e Ponte Preta, demitiu, nesta sexta-feira (17), o piloto que comandava a aeronave.

O caso aconteceu nesta quinta-feira (16). De acordo com a MHE Empreendimentos, o funcionário fez o voo não autorizado pela DECA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo) e sem o consentimento da empresa. O helicóptero estava em manutenção em uma oficina no Hangar do Aeroporto da Pampulha, desde janeiro deste ano.

A aeronave tinha autorização somente para voos de teste, já que estava com o CVA (Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade) vencido desde maio, segundo a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).

Ainda de acordo com a MHE, além do piloto, um mecânico da oficina participou do voo. A HBR AVIAÇÃO S/A, responsável pela manutenção, disse quenão vai comentar o caso por enquanto. A reportagem tenta contato com o piloto demitido.

Segundo ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), a regulamentação e fiscalização do espaço aéreo é de responsabilidade do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), que irá apurar o caso. Ainda segundo a agência, a aeronave pode ser interditada e o piloto perder a licença para voo.

A MHE afirmou que tomou conhecimento do ocorrido através da imprensa e redes sociais e que repudia os atos praticados pelos pilotos da aeronave. Já o Mineirão disse que não sabia que a aeronave sobrevoaria o estádio durante o jogo e que ainda não tem conhecimento a respeito da motivação do ocorrido.

A aeronave

O helicóptero pertence à empresa MHE Participações e Empreendimentos Ltda., que tem como sócios Marcelo Tostes de Castro Maia, Edward Munson Mason II, Hc Locação de Veículos Ltda., e Cristiano Richard dos Santos Machado como administrador.

Cristiano é um dos empresários indiciados pela Polícia Civil nas investigações sobre as irregularidades da gestão de Wagner Pires de Sá durante a presidência do Cruzeiro. Ele teria emprestado dinheiro ao clube, recebendo em troca direitos econômicos de jogadores do profissional. Além disso, ele receberia parte do valor de uma possível venda do jogador Estevão Willian, que na época tinha 12 anos. Conforme leis trabalhistas, o garoto só poderia assinar vínculo aos 16.

By Evelyn

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