São Paulo, Brasil
Heroico, histórico, épico.
O Corinthians conseguiu na Bombonera lotada uma das classificações mais empolgantes de sua história centenária. Mesmo com oito desfalques e dois jogadores que tiveram de deixar o campo, contundidos, o time de Vítor Pereira mostrou inacreditável superação.
Conseguiu, mesmo com um time improvisado, apelando para um esquema defensivo, de guerrilha, o Corinthians conseguiu empatar em 0 a 0, repetindo o placar de Itaquera. Com direito a Benedetto cobrar pênalti na trave.
E a decisão para as quartas-de-final da Libertadores foi para os pênaltis.
Cássio, o mesmo jogador que foi ameaçado de morte, se não saísse do Corinthians, brilhou. Mostrou porque é o melhor goleiro da história do clube.
Com muita enorme elasticidade e confiança, ele defendeu as cobranças de Villa e Ramírez. E Gil, também ameaçado de morte, se não abandonasse o clube, bateu forte a cobrança que definiu a classificação.
6 a 5 para o Corinthians.
Boca Juniors eliminado no seu temido caldeirão lotado, com mais de 56 mil torcedores.
Classificação que dá orgulho, entra para a história.
Agora, o adversário para chegar à semifinal da Libertadores sairá do jogo entre Flamengo e Tolima.
Podendo escalar Willian, Fagner, Renato Augusto, Maycon, Renato Augusto, Gustavo Mosquito, Junior Moraes e Yuri Alberto, o Corinthians estará muito mais forte nestes confrontos.
O trabalho de Vítor Pereira tem de ser destacado. Mesmo com o elenco extremamente reduzido, ele conseguiu classificar o time para as quartas da Libertadores. Está mais do que encaminhada a vaga nas quartas da Copa do Brasil, depois de golear o Santos, no primeiro jogo das oitavas, por 4 a 0. E no Brasileiro, em quarto, está a três pontos do líder Palmeiras.
Na partida de hoje, o treinador não tinha outra saída. A não ser improvisar uma equipe. E muito defensiva. Ele sabia que não poderia ser utópico, como diante do Fluminense, quando o Corinthians foi goleado por 4 a 0. Trabalhando muito, Vítor Pereira conseguiu conscientizar quem poderia jogar que a única maneira para o time, com o fraco potencial que tinha nas mãos, era marcando muito forte. Assumindo que o ‘dono das ações’ seria o Boca Juniors. E rezar que um contragolpe fosse articulado com eficiência.
Battaglia, em compensação, tinha seus jogadores à disposição. E, vencedor de quatro Libertadores como jogador, das seis que o Boca Juniors tem, tratou de montar seu time de forma extremamente ofensiva. Queria garantir o resultado logo, ainda no primeiro tempo.