“Um evento que agrega a história, a cultura e as experiências de países de língua oficial portuguesa, e que se pretende afirmar no calendário dos festivais de artes performativas quer a nível nacional quer internacional”, sublinharam os organizadores em comunicado.

Grupos de Portugal, Cabo Verde, Moçambique e Brasil vão ser os cabeças de cartaz da edição deste ano do Tanto Mar.

A abertura do festival terá lugar a 23 de maio no “icónico” Café Calcinha, em Loulé, com a presença de entidades oficiais, organizadores, grupos participantes, convidados e público.

Os espetáculos terão lugar, sempre às 21:00, a partir do dia seguinte no Cineteatro Louletano, na cidade algarvia “que ambiciona ser, a médio/longo prazo, o palco europeu privilegiado das Artes Performativas e o espaço físico para um futuro arquivo do espólio documental de todo o trabalho realizado até chegar ao público (cartazes, livros, programas e audiovisual)”.

Segundo os organizadores, na quarta edição do Tanto Mar, convida-se o público “a refletir e a vivenciar a criação artística”, através dos espetáculos previstos.

A associação UMCOLETIVO, de Elvas/Portalegre, apresenta a 24 de maio o “Quarto Império”, um espetáculo que tem por base o livro “Caderno de Memórias Coloniais”, de Isabela Figueiredo, “uma obra literária e um documento que compilou factos, acontecimentos efetivamente ocorridos e presenciados”.

“Os dias de Birgitt”, da Sikinada – Companhia de Teatro, da Praia (Cabo Verde) vai contar, em 25 de maio, a história de uma mulher que, de um dia para o outro, é confrontada com uma doença terminal que a faz repensar toda a sua vida.

No dia seguinte entra em cena “Recados de lá_Revisitação”, do grupo Lareira Artes, de Maputo (Moçambique), onde, através das vivências de dois homens num abrigo com fugitivos de guerra, futuros migrantes em busca de condições de vida dignas e que tantas vezes encontram a morte.

Finalmente, a 27 de maio, a Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz_Porto Alegre (Brasil) apresenta “M.E.D.E.I.A”, onde uma das “mais poderosas” mulheres da mitologia grega é acusada de várias atrocidades, tais como o fratricídio, o infanticídio, e “é esta imagem que foi imposta à consciência ocidental” que o grupo vai negar.

O festival é organizado pela folha de medronho, uma associação que tem como fim “a promoção e divulgação de atividades culturais, nomeadamente a formação e criação das artes performativas e de outras artes relacionadas como a música, literatura e artes plásticas”.

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By Evelyn

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