Kindle que foi invadido pelas formigas Reprodução

Formigas conseguiram comprar e-books pelo Kindle de uma moradora de Brasília. Os livros, sobre futurismo e filosofia, acabaram sendo pedidos após os insetos invadirem a entrada para carregador do aparelho e criarem um ninho. “Seriam elas robôs enviados de um futuro próximo e distópico?”, brincou a jornalista Mariana Lopes Vieira, “vítima” da história, que relatou tudo em uma newsletter.

O aparelho ficou um tempo de lado enquanto ela lia Atlas de Nuvens, de David Mitchell, em formato físico. Quando Mariana terminou as mais de 500 páginas da obra, voltou ao aparelho. “Encontrei a tela de aviso de falta de bateria, normal, pelo período sem manuseio. Ao tentar carregar, percebo que a luz não acende. Vejo que carregou um pouco, o mínimo para mudar para a tela de início, mas não consigo apertar nada, o toque não funciona”, contou.

Como qualquer jovem que cresceu soprando fitas de videogame, ela tentou esse artifício. “Sem saber, libertei a fúria de mil minúsculas criaturas. Formigas, formiguinhas vermelhas, começaram sua diáspora para fora do aparelho, numa cena apavorante.” Mariana brinca que chegou a pensar quais eram as motivações daquele “ataque”.

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A jornalista questionou até se foi culpa de uma má interpretação dos insetos com o nome do bolo formigueiro ou uma vingança pela saúva que ela comeu em cima de um sorvete em um restaurante contemporâneo. Mas além da invasão, veio o prejuízo financeiro. Um defeito provocado pelas formigas no Kindle fez a conta da jornalista registrar duas compras, dos livros “Robôs e o Império”, de Isaac Asimov, e “O anel de Giges — Uma fantasia ética”, de Eduardo Giannetti.

A solução para frear o consumismo das formigas, porque o aparelho não desligava, foi colocar o Kindle no congelador e cancelar as compras no site. “Até agora, não foram comprados novos livros. Desativei a compra com um clique. Talvez eu leia, em versões físicas, os títulos escolhidos pelos insetos. Espero que, assim, estejamos quites, eu e as formigas”, observou Mariana.

O caso viralizou nas redes sociais. A amiga da “vítima”, a também jornalista e escritora Fabiane Guimarães, fez um tweet sobre a história que já conta com mais de 70 mil curtidas e seis mil comentários e retweets.

By Evelyn

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