GCM e usuários de drogas entram em confronto na Cracolândia, no centro de SP Reprodução / Record TV

Equipes da GCM (Guarda Civil Metropolitana) e usuários de drogas da Cracolândia entraram em confronto na manhã desta terça-feira (7) na região da praça Santa Isabel, no centro de São Paulo.

De acordo com a GCM, os agentes faziam acompanhamento de um grupo de usuários que era conduzido para a região da rua Helvétia quando eles viram uma equipe de reportagem da TV Bandeirantes e começaram a hostilizar.

Houve confronto com a GCM. Enquanto os usuários atiravam paus e pedras em direção aos guardas, as equipes respondiam com bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo. Depois de alguns minutos, a situação foi controlada e o grupo de dispersou.

Não foi necessário o apoio das Polícias Civil e Militar.

 

Internações

 

Na Cracolândia, a prefeitura realiza internações voluntárias e involuntárias para tratamento de dependentes químicos.

“O número maior de atendimentos é com a internação voluntária. Mensalmente, atendemos mais de 400 pessoas nas unidades do CAPs (Centros de Atenção Psicossocial). Temos 97 postos espalhados pela cidade. No entanto, desde abril, tivemos 22 casos de internação involuntária”, afirmou o prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Segundo a prefeitura, as pessoas que têm parentes com dependência química podem solicitar ao poder público que a pessoa seja analisada por um médico e, se o profissional considerar necessário, faz a internação.

O prefeito disse que os protocolos para internações involuntárias estão sendo aperfeiçoados. “Estamos intensificando o que já existe na lei estabelecida em 2019. Temos o hospital Bela Vista, na região central, que é referência para tratamento das pessoas em situação de rua e também para as pessoas poderem se desintoxicar”, explicou.

São 97 Caps (Centros de Atenção Psicossocial) que funcionam sem necessidade de agendamento, 23 UPAs e a tenda emergencial do SIAT (Serviço Integrado de Acolhida Terapêutica), na rua Helvétia. 

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Luiz Carlos Zamarco, a internação tem duração de 90 dias. Na sequência, o tratamento tem continuidade nos Caps e SIATs da cidade.

“Durante o período de desintoxicação, as pessoas são medicadas para passar pela abstinência das drogas porque podem se tornar agressivas. Muitas se recuperam em 30 dias. São acompanhadas por uma equipe composta por assistentes sociais, psicólogos e psiquiatras, para serem convencidas a não utilizar mais entorpecentes”, pontua Zamarco.

By Evelyn

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