Moradores reivindicam reparação integral Divulgação/MAB

Moradores de Itatiaiuçu, a 72km de Belo Horizonte, realizaram uma manifestação em frente à portaria da ArcelorMittal, na manhã desta quinta-feira (9). Os manifestantes moravam perto da Mina de Serra Azul e foram retirados de suas casas pela companhia, em 2019, por causa do risco de rompimento da barragem. Desde então, as famílias estão em moradias provisórias. 

Os atingidos, cerca de 300 pessoas, se concentraram na Praça de Pinheiros, em Itatiaiuçu, no início da manhã e, de lá, seguiram para a entrada da empresa.

A MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) informou que, após três anos negociando com o Ministério Público Federal, eles conseguiram assinar um acordo em 2021, o Termo de Acordo Complementar (TAC), mas que a empresa nega os danos causados.

A barragem de rejeitos está em nível 3 de emergência, com risco de rompimento iminente. A alteração do nível de emergência ocorreu em fevereiro deste ano e as comunidades atingidas alegam que não foram avisadas.

As famílias reivindicam a continuidade do auxílio emergencial, da Assessoria Técnica Independente, o cadastro da lista de espera e reparação integral justa, entre outros pedidos. 

Por meio de nota, a ArcelorMittal informou que “cumpriu integralmente com o compromisso de pagamento de prestação mensal no valor de 2,5 salários mínimos às famílias – com residência na região – como incremento de renda dos moradores de Pinheiros, distrito de Itatiaiuçu, por um ano” e que “avança no processo de indenização individual dos atingidos, conforme cronograma negociado com a assessoria técnica independente”. A empresa também esclareceu que “a barragem não apresenta risco de ruptura iminente e não há exigência de novas medidas ou ações adicionais de segurança”. 

*Estagiário sob supervisão de Pollyana Sales

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