Hospital desenvolve dispositivo de baixo custo para tratar de bebês prematuros

 

 Órteses para prevenir lesões em recém-nascidos são modeladas pelos funcionários de acordo com o corpo do bebê (Foto: divulgação/pró-saúde)

 

Profissionais de terapia ocupacional e fisioterapia do Hospital Materno-Infantil de Barcarena (HMIB), no Pará, desenvolveram utensílios de baixo custo para auxiliar no tratamento de bebês prematuros. Os dispositivos previnem deformidades e lesões que podem ocorrer devido ao longo período de internação dos recém-nascidos.

A equipe faz órteses e pequenas almofadas (coxins) a partir de materiais como EVA, algodão ortopédico, colchão piramidal, enchimento antialérgico, tecidos, ataduras, esparadrapo e malha tubular.

Em média, o hospital produz 25 coxins por mês, a um preço de cerca de R$ 5 cada. O custo do equipamento desenvolvido pelo HMIB é muito inferior ao item industrializado que oferece resultado semelhante, ao valor de R$ 180 a R$ 480, dependendo do tamanho. A diferença entre os recursos é que o material fabricado pela maternidade é descartável, enquanto o apoio circular pode ser reutilizado após o uso.

As órteses são fabricadas de acordo com a demanda. Cada item é personalizado, tendo em vista a estrutura corporal do bebê. Os dispositivos protegem a região posterior da cabeça, as mãos e os pés dos bebês.

O peso do bebê, a umidade no local, a demora ou a restrição em mudanças de posições podem causar lesão por pressão em regiões do corpo e protuberâncias ósseas, e precisamos levar em consideração que alguns bebês não têm massa corpórea significativa”, esclarece Heloísa Santos, terapeuta ocupacional da Pró-Saúde, que atua no HMIB.

“É essencial desenvolver intervenções e procedimentos terapêuticos, como a produção de órteses e coxins, que são dispositivos, para minimizar os desvios nas articulações e lesões por pressão ou hematomas, e proporcionar alívio da dor, contribuindo para o tratamento do bebê e para uma alta hospitalar com qualidade”, explica a profissional.

 

Avaliação multiprofissional

Os itens são feitos após uma avaliação multiprofissional. A análise leva em consideração fatores como processo de reabilitação, quadro clínico, protocolos da unidade, monitoramento dos posicionamentos e desenvolvimento motor dos prematuros.

Fonte: Metrópoles

 

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