Em comunicado enviado à agência Lusa, a IP indica que “os trabalhos consistem na colocação de uma proteção contra queda de blocos em duas zonas do troço da ER338 que teve que ser encerrado por não estarem garantidas as condições de segurança dos utilizadores da via”.
A intervenção “irá permitir a reposição condicionada da circulação automóvel em setembro”, assegura a IP.
A empreitada, que decorre por um período estimado de 30 dias, consiste “na colocação de um separador, para contenção das pedras de menor dimensão que possam deslizar sobre a via” complementado com “uma rede na parte superior e uma proteção adicional com sacos de areia de grandes dimensões”.
Após a execução dos trabalhos será “interdita a circulação para veículos pesados e o trânsito processa-se de forma alternada nos troços identificados”, avisa a IP.
O comunicado explica que os trabalhos resultam de uma “solução proposta pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) que, nas visitas de campo efetuadas, identificou como zonas de maior perigosidade os troços onde incidem os trabalhos”.
A IP realça que esta solução provisória “permite a reabertura imediata ao trânsito automóvel, ainda que de forma condicionada, mitigando os atuais constrangimentos para a mobilidade das populações”. E assegura que está “em preparação, em estreita articulação com o LNEC e demais entidades responsáveis pela área envolvente, uma solução de natureza definitiva”.
A interdição à circulação automóvel na ER338, lembra a IP no comunicado, foi consequência do grande incêndio ocorrido no ano passado, que “agravou significativamente o risco de queda de pedras de grande dimensão sobre a plataforma da ER 338 entre Piornos e Manteigas”, no distrito da Guarda.
O grande incêndio na serra da Estrela deflagrou no dia 06 de agosto de 2022 em Garrocho, no concelho da Covilhã (distrito de Castelo Branco) e rapidamente alastrou a outros concelhos da zona da serra da Estrela.
De acordo com os dados governamentais, este fogo consumiu 28 mil hectares do Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE), sendo que o Governo aprovou a declaração de situação de calamidade para este território, a qual vigora durante um ano.
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