Amostra identificada em criança de três anos em SP pode ser uma variante da Ômicron
Pixabay

Uma recombinante da variante Ômicron, da Covid-19, foi detectada em uma criança de três anos pelo laboratório Dasa, no estado São Paulo. A amostra não foi identificada em nenhum outro lugar do mundo, segundo registros do GISAID, plataforma que disponibiliza dados genômicos do coronavírus.

Recombinantes são vírus que apresentam um pedaço do genoma derivado dele e outro pedaço de uma linhagem distinta, por exemplo a “Deltacron”, uma recombinação entre um vírus Delta e um Ômicron.

A amostra da criança foi coletada por meio do teste RT-PCR em 16 de fevereiro de 2022. O resultado apresentou compatibilidade com a SARS-CoV-2 BA.2.

Segundo o virologista da Dasa, José Eduardo Levi, a família não viajou para fora do país, o que indica que a transmissão se deu no Brasil. “A criança passa bem. De qualquer forma, até o momento podemos afirmar que a sub-variante não causa sintomas diferentes do que a Ômicron”, afirmou Levi.

Caso essa recombinação tiver viabilidade biológica, ele pode infectar outras pessoas e pode se tornar  uma pandemia causada por um novo vírus, extensão do Ômicron. Para que isso seja reconhecido, é necessário que haja ao menos cinco amostras de diferentes indivíduos que contenham a recombinante.

De acordo com o instituto, além desta, outras duas recombinantes foram detectadas em amostras coletadas no dia 11 de março deste ano. A XE (BA.1/BA.2) foi identificada em duas crianças, de 10 anos.. A recombinante foi identificada no Reino Unido em 16 de janeiro, e também encontrada em São Paulo pelo Instituto Butantan.

As amostras são de pacientes que buscam o laboratório para realizar o teste RT-PCR e são selecionadas aleatoriamente para o GENOV, projeto de vigilância genômica do SARS-CoV-2.

Em nota, a Secretraria de Estado da Saúde informou que foi notificada e o caso está em investigação epidemiológica pela prefeitura da capital. Segundo o Dasa, uma notificação também foi feita ao centro de vigilância do estado, que é responsável por comunicar o Ministério da Saúde.

*Estagiária sob supervisão de Celso Fonseca

 

By Evelyn

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