Uma das médicas que atenderam a jovem Fernanda Carvalho, de 22 anos, no Hospital Albert Schweitzer, afirmou em depoimento não ter desconfiado de envenenamento no caso. A jovem morreu, em março deste ano, após 11 dias internada.

A polícia abriu uma investigação depois que o irmão de Fernanda foi hospitalizado com os mesmos sintomas, em abril. O adolescente de 16 anos conseguiu sobreviver e contar que passou mal após comer um feijão preparado pela madrasta. A suspeita Cíntia Dias foi presa temporariamente.

Além de ouvir a equipe médica que cuidou dos irmãos, o delegado Flávio Rodrigues, responsável pela investigação, aguarda o laudo da exumação do corpo de Fernanda, que deve ficar pronto em até 20 dias.

“O que a gente já conseguiu observar é que a equipe médica não conseguiu constatar a suspeita de uma morte violenta, não conseguiu constatar uma hipótese de intoxicação exógena. Daí, o cadáver não ter sido remetido ao IML (Instituto Médico-Legal) na morte da Fernanda. É isso que, a princípio, estamos observando”, disse o delegado.

A polícia também deve receber nos próximos dias o resultado do material gástrico coletado no corpo do adolescente, que foi encaminhado para perícia.

Segundo familiares, o jovem viu “bolinhas azuis” na refeição preparada pela madrasta. 

O filho de Cíntia disse em depoimento que a mãe confessou a ele ter envenenado os irmãos. A polícia suspeita de envenenamento por chumbinho e investiga se o crime foi motivado por ciúme.

O delegado Flávio Rodrigues, responsável pela investigação do caso, pediu à Justiça acesso aos dados armazenados no celular da suspeita para apurar se ela fez alguma confissão por meio de mensagens ou pesquisou algo sobre envenenamento.