Quando o assunto é memorização, mapa mental e repetições faladas são alguns pontos destacados por especialistas. O R7 entrevistou Livia Ciacci, neurocientista do Supera (Ginástica para o Cérebro), e o professor de matemática, Euclides Nogueira Neto, do Colégio
Master, de Fortaleza (CE), que sugerem dicas práticas que vão ajudar os estudantes a não esquecer o conteúdo estudado:

Segundo Livia, podemos resumir a aprendizagem como a
capacidade de adquirir e armazenar dados para pensar e agir. “Essa capacidade
está intimamente ligada a outra habilidade cognitiva essencial, que é a
memória. A todo momento temos contato com o mundo e
recebemos milhares de estímulos e informações pelos canais sensoriais, como
durante a leitura, por exemplo, por meio da visão é possível codificar
frases e interpretar o sentido”, explica

Ela também explica como algumas informações ficam em nossa memória para sempre. “No cérebro, a memória declarativa (aquela que expressamos por meio da linguagem) de longo prazo é ilimitada, ou seja, tudo que passar pela consolidação ficará disponível ao longo de anos. Por outro lado, se o aprendizado aconteceu em um momento e a pessoa passa muito tempo sem utilizar aquilo ou sem pensar de novo sobre o assunto, quando ela quiser retomar, o esforço será bem grande e talvez não consiga lembrar de tudo”, esclarece

A primeira fase do processo de memorização é a aquisição da informação. “Após o primeiro contato, esse conteúdo fica na memória de curto prazo e pode ser recuperado de horas a alguns dias. Para um conteúdo sair da memória de curto prazo e se tornar memória de longo prazo, é necessário acontecer um processo neurofisiológico conhecido como consolidação”, comenta a neurocientista. A neurocientista dá duas dicas para ajudar nesse processo:

– Impacto
emocional ou sensorial: “nós sempre vamos registrar com mais facilidade
aquilo que gera apelos emocionais ou que ativam intensamente nossos sentidos. Imagine que você estuda dois assuntos, um que não se interessa tanto e outro que gosta bastante. Será muito mais fácil consolidar as memórias do assunto que se gosta, por causa do emocional estar mais envolvido, potencializando a atenção. Mas não é impossível aprender mesmo sem ter muito interesse, aí nesse caso a repetição é uma boa estratégia”, diz Ciacci

– Envolva-se com o assunto: procure ter interesse suficiente para pensar
profundamente sobre ele, focar bastante a atenção e repetir sempre, sugere a especialista

Já o professor Neto dá algumas dicas práticas para quem está se preparando para vestibular e Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) como a repetição: o aluno consegue memorizar a partir da repetição. De acordo com o educador, é importante repetir em forma de exercícios, com palavras

– Associação: faça associação daquilo que deve ser memorizado com algo do dia a dia. “Isso auxilia no processo de memorização de pontos importantes

– Repetições faladas: como processo de memorização fale o que precisa assimilar para outras pessoas ou em voz alta para si

– Destaque pontos importantes: escreva em um papel e grife. “Dê um destaque, seja para decorar uma fala, frases ou uma fórmula”, sugere Neto

– Mapa mental: auxilia na gestão das informações com maior clareza e entendimento e que irá ajudar na fixação do conteúdo estudado. *Estagiário do R7 sob supervisão de Karla Dunder

By Evelyn

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