Em Paraisópolis, moradores recebem ajuda de aplicativo para conseguir trabalho Thiago Teixeira/Estadão Conteúdo – 21.07.2011

Conectar quem está desempregado com quem precisa contratar é o principal objetivo do Trampolim, um aplicativo colaborativo de empregos, criado há um ano. Além de publicar vagas compartilhadas por usuários do país inteiro, agora começam a ser feitas ações com foco nas periferias, para fomentar a economia local.

A primeira comunidade beneficiada é Paraisópolis, a segunda maior favela de São Paulo. A empresa fez parcerias com a Cufa (Central Única de Favelas), com o Fundo Social e o Centro Paula Souza, para levar cursos de capacitação e orientação profissional para quem precisa de emprego. 

Moradores que fizeram cursos de corte e costura, cabeleireiro e auxiliar administrativo também aprenderam a como incluir suas novas habilidades no currículo, para se destacarem na hora de concorrer às vagas presenciais e online. “É importante escrever não apenas o nome do curso, mas colocar também os principais aprendizados, para que o recrutador entenda quais atividades  ele pode fazer, e como o curso enriquece seu currículo”, explica Bruno Rizzato, diretor de produtos do Trampolim.

Ele diz que, geralmente, quando as pessoas terminam um curso, ficam por conta própria, não têm nenhum auxílio para buscar uma oportunidade de emprego. “Nossa missão, além de ser uma porta de entrada para o mercado de trabalho, é preparar esses profissionais com dicas de como montar um bom currículo, se candidatar e conquistar vagas”, conta. 

Página na internet do aplicativo colaborativo Trampolim, com as vagas disponíveis em 26/05

Página na internet do aplicativo colaborativo Trampolim, com as vagas disponíveis em 26/05 Reprodução da Internet

Como o aplicativo é colaborativo, ninguém paga nada para usá-lo. As vagas compartilhadas pelos usuários são aquelas que não chegam aos sites de emprego tradicionais ou às grandes empresas de Recrutamento e Seleção. São as oportunidades de pequenos estabelecimentos, lojas de bairro e outros serviços, que normalmente são afixadas em placas nas portas ou vitrines de lojas. 

Por isso, as ações nas comunidades são tão importantes. “Dificilmente um morador vai conseguir passar em todas as ruas de Paraisópolis, e pode perder a chance de ver aquela plaquinha de emprego, que seria interessante para ele. Mas se alguém da região postar no aplicativo, ele terá acesso à vaga. Da mesma forma, o contratante terá essa ajuda para alcançar mais candidatos. A ideia é que todos contribuam nesse mapeamento de vagas”, explica o diretor.

Em Paraisópolis, também foi feita parceria com o projeto Mães da Favela, que remunera duas mães da região para captar vagas de emprego na comunidade. O objetivo é ampliar a divulgação das ofertas de trabalho na periferia. “Acreditamos que a vida das pessoas pode ser transformada pelo acesso ao emprego. Quanto mais a gente divulga, mais oportunidades a gente coloca na vida das pessoas”, conclui Rizzato. 

By Evelyn

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