Morre o escritor de direita Olavo de Carvalho

Foto; Reprodução Instagram

Morre aos 74 anos, na região de Richmond, na Virgínia (EUA), o escritor Brasileiro, Olavo de Carvalho. O autoproclamado filósofo, além disso propagava ideias por meio de cursos online e venda de livros com forte retórica conservadora e anticomunista, sendo considerado por muitos o propagador da nova direita do Brasil e o “guru” de Jair Bolsonaro.

No dia 15/01, uma mensagem foi veiculada no seu canal do Telegram afirmando que o escritor tinha contraído Covid-19 e por isso precisaria se ausentar de suas aulas por um tempo. Não se sabe se Olavo tomou as doses da vacina contra a doença.

Morre o escritor de direita Olavo de Carvalho
Foto Reprodução/ Instagram

Natural de Campinas SP, ele deixa a esposa, Roxane, oito filhos e 18 netos. A causa da morte não foi divulgada. Recentemente, Olavo esteve internado em hospital no Brasil com problemas cardíacos. Nesse período teve crise de angina e foi submetido a tratamento para compensação cardíaca. Também foi diagnosticado com Covid-19 oito dias antes.

Porém a filha Heloisa de Carvalho, rompida com o pai desde 2017, pediu que ‘Deus perdoe as maldades’ dele, mas criticou quem comemora o falecimento e afirma que o pai foi vítima da Covid-19. Embora rompida com o pai desde 2017, Heloisa de Carvalho afirmou que o pai resistia a se vacinar e chegou a dizer que a doença não existia, informou a alunos, há cerca de dez dias, ter sido contaminado com o vírus. Contudo na nota de falecimento, publicada pela família nas rede sociais, o motivo da morte não foi informado.

Ao mesmo tempo ela também criticou os que comemoraram a morte de seu pai. “Comemorar a morte de qualquer pessoa é assinar o atestado de total falta de humanidade e Deus tá vendo e eu também”, afirmou.

Apesar disso, Heloisa não deixou de criticar a postura de Olavo durante a pandemia. Segundo ela, no dia em que o pai disse que não havia mortes por Covid ocorrendo no mundo, ela perdeu uma amiga em razão da doença.

Sobre o enterro, outra justificativa que Heloísa deu para não ir foi o isolamento social. Ela explica que tem medo de pegar Covid, principalmente, porque ela e o marido têm comorbidades.

A mesma nos conta que não foi avisada por pessoas próximas de Olavo sobre a morte. Ela acredita que não será procurada por nenhum familiar e também não tem como fazer nenhum contato, pois não tem os telefones e está bloqueada nas redes sociais.

“No dia que o Olavo postou que não tinha uma morte por Covid, perdi uma querida amiga, que era viúva e deixou três crianças com menos de 10 anos órfãs. Olavo morreu de Covid, não tem como eu sentir grande tristeza pela morte dele, mas também não estou feliz. Sendo sincera comigo e meus sentimentos”, afirmou.

Usuários do Twitter, resgataram um post dele de maio de 2020, em que ele afirmava que  “o medo de um suposto vírus mortífero não passa de historinha de terror para acovardar a população e fazê-la aceitar a escravidão como um presente de Papai Noe”.

Além disso ao longo da pandemia ele fez diversas críticas as medidas restritivas impostas pelas entidades de saúde. Da mesma forma, em uma outra postagem ele ironiza a crise sanitária dizendo, “Dúvida cruel. O Vírus Mocoronga mata mesmo as pessoas ou só as ajuda a entrar nas estatísticas?”.

O presidente Bolsonaro homenageia Olavo no Twitter. “Olavo foi um gigante na luta pela liberdade e um farol para milhões de brasileiros. Por exemplo e seus ensinamentos nos marcarão para sempre”, publicou Bolsonaro. Do mesmo modos seus filhos.

Ao Professor Olavo a minha eterna gratidão por sua vida dedicada ao conhecimento, que semeou em uma terra arrasada chamada Brasil e fez florescer em muitos de nós um sentimento de esperança, de amor pela verdade e pela liberdade. Que sua obra ilumine para sempre a nossa história!, escreveu o vereador Carlos Bolsonaro.

 

De antemão, Olavo de Carvalho vinha bastante ressentido com a família Bolsonaro, além disso privadamente, chamava de ingrata e de diversos outros vocábulos próprios de Olavo e irreproduzíveis. Incomodou em especial não ter sido visitado por Jair Bolsonaro nos meses em que passou internado no Brasil, no Instituto do Coração. Em agosto, reclamou a um amigo que o presidente sequer lhe telefonou.

Não só o presidente, aliás. Diversos outros bolsonaristas que se aproveitaram de sua imagem, como Onyx Lorenzoni e Marco Feliciano, esqueceram seu número de telefone. Dos Bolsonaro, só Eduardo telefonou. Segundo a familia. Porque?

 

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