Mulher negra denuncia motorista por ataques racistas em Belo Horizonte

Maria Nazaré Paulino afirma ter escutado a ofensa: ‘Não carrego preto no carro’

Foto: Luiz Cisi

A consultora jurídica Maria Nazaré Paulino, de 58 anos, acusou um motorista de aplicativo de racismo. Em um vídeo ela relatou o que teria ocorrido.

“Saí de um evento profissional, por volta de 17h, e solicitei um Uber. Esperei, estava chovendo, e, enfim, o carro chegou e parou há mais ou menos uns 20 metros de mim. Aproximei-me do carro, e esse senhor não abria a porta. Mostrei meu telefone, identificando que eu era a passageira, e ele abriu e falou que o carro dele não carregava preto vagabundo, que não ia carregar gente da minha cor, uma vagabunda… Estou compartilhando isso para você que está vendo e é uma pessoa branca, tente imaginar como fere a alma de uma pessoa”, disse Maria, emocionada.

A Uber divulgou uma nota e informou que desativou o motorista e que está à disposição para colaborar com as investigações. Em entrevista ao programa “Fantástico” de domingo, ela explicou o sentimento que a ofensa lhe causou. Maria afirmou que dói na alma. “Eu quis dizer que estou ferida por dentro. A chicotada foi no lombo da minha alma. Nas minhas costas. Eu continuo tomando chicotada. Eu continuo sendo amarrada no tronco.”

O caso de Maria Nazaré Paulino está muito longe de ser isolado, o preconceito faz vítimas negras todos os dias. A discriminação está presente em 49,2 mil processos judiciais no país. Em 2020, a Justiça registrou 31 mil ações sobre o tema.

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By Evelyn

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