Mulheres vencem preconceito e se destacam no campo, diz consultor


Palestrante da Tecnoshow fala da atuação feminina no ramo, em Goiás.
Apesar do preconceito enfrentado, elas se destacam como produtoras.

 
Fazendeira Elizabeth Lima nota participação das mulheres no campo (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

O consultor agropecuário e agrônomo José Ney Vinhas fala sobre a importância da atuação da mulher no agronegócio brasileiro durante uma palestra na Tecnoshow Comigo 2017, em Rio Verdex, no sudoeste de Goiás. Na próxima terça-feira (4), às 11h, ele mostra que as mulheres estão cada vez mais envolvidas no ramo e representam boa parte dos produtores. A entrada na feira e na palestra são gratuitas.

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O palestrante destaca que o debate é importante porque aumentaram os indicadores da presença de mulheres que se dedicam ao agronegócio. Segundo ele, em 2014 as mulheres já representavam 47,9% da população rural e 52,3% da população economicamente ativa no meio.

A palestra, que é voltada para famílias dedicadas ao agronegócio, fala da importância da mulher na gestão das fazendas. Vinhas explica que, com o crescimento da profissionalização dos filhos e filhas dos produtores rurais, a mulher começou a ganhar espaço para dar continuidade aos negócios da família.

“Hoje temos filhas assumindo os negócios dos pais. Além disso, com a tecnologia, o trabalho não é mais braçal e a mulher tem um papel importante, é mais emocional e facilita o gerenciamento das equipes, dos recursos humanos, do financeiro”, pontuou o palestrante.

Segundo Vinhas, ainda existe o preconceito da mulher dentro do agronegócio, já que nem sempre há a valorização da produtora e nem sempre elas são tratadas de igual para igual com os homens. “É muito mais fácil para quem tem preconceito enxergar que a mulher não consegue trabalhar na lavoura, com pião. Ela tem um papel importante como articuladora política, na gerência, que é fundamental”, completou.

Produtora afirma que mulheres ainda sofrem peconceito no agronegócio (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

Atuação feminina
A bióloga e fazendeira Elizabeth Ferreira Guimarães Lima concorda com a importância de se conversar sobre o assunto. Segundo ela, que é produtora de orgânicos, não é fácil para a mulher estar no meio rural.

“A maioria dos trabalhos rurais são pesados e eu acho que a mulher tinha que ser mais valorizada, até financeiramente. Com certeza, a mulher pode ser melhor na produção no campo, porque ela consegue ver melhores ângulos. O homem é mais focado, mais objetivo”, relatou a fazendeira.

Elizabeth afirma que vem notando que cada vez mais mulheres do meio rural vêm tomando a direção das fazendas, produção e outros trabalhos do campo. “Às vezes ela já mora no local, tem o marido que trabalha, ou ela recebeu de herança, então ela percebeu a necessidade de colocar as suas ideias no meio rural”, completou.

Tecnoshow 2017Local: Centro Tecnológico Comigo (CTC) – Anel Viário Paulo Campos, Km 7, Zona Rural de Rio Verde, GOData: de 3 a 7 de abrilHorário: entre 8h e 18hEntrada gratuita

* Danielle Oliveira é integrante do programa de estágio entre a TV Anhanguera e Faculdades Alfa, sob orientação de Elisângela Nascimento.

By Evelyn

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