“A Mutares assinou um acordo para a aquisição da Efacec ao Estado Português no âmbito do processo de reprivatização lançado no final de 2022. A conclusão da transação está prevista para o terceiro trimestre de 2023”, avançou hoje, em comunicado.
Em 07 de junho, o Governo aprovou a proposta da Mutares para a privatização da Efacec, sem revelar os valores envolvidos.
O Estado injetou 132 milhões de euros na Efacec, a que se somam mais 85 milhões de euros em garantias.
A Parpública também comunicou hoje que procedeu à assinatura do contrato de compra e venda (SPA) de 71,73% da Efacec com a Mutares.
“Com a assinatura do SPA tem início a fase de concretização das condições precedentes tendo em vista a conclusão das operações”, notou, em comunicado.
As condições precedentes incluem a autorização da Comissão Europeia, que, por sua vez, exige um teste de mercado, o pronunciamento das autoridades da concorrência e a negociação com os credores financeiros.
O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, já disse ter “grande expectativa” de que este valor pode ser recuperado.
Na nota hoje divulgada, o fundo alemão classificou a empresa como uma “excelente opção” para o seu portfólio, afirmando que esta vai beneficiar de uma plataforma que permitirá recuperar a sua posição de liderança.
Por outro lado, sublinhou que a Efacec é a principal empresa portuguesa dedicada ao fabrico de equipamentos e soluções críticas nos setores da energia, engenharia e mobilidade, com “uma forte especialização em torno da transição energética”.
A Efacec, que tem sede em Matosinhos, conta com cerca de 2.000 trabalhadores.
“Globalmente é uma empresa de renome, preparada para impulsionar mudanças positivas em infraestruturas críticas no âmbito da transição energética e economia circular”, referiu.
Em abril, a Parpública anunciou ter recebido propostas vinculativas melhoradas de quatro candidatos à compra de 71,73% da Efacec, no âmbito do processo de reprivatização da empresa.
As propostas vinculativas melhoradas foram apresentadas pela Mutares, Oaktree, Oxy Capital e Agrupamento Visabeira-Sodecia.
O Governo aprovou em novembro do ano passado um novo processo de reprivatização da participação social do Estado de 71,73%, com um novo caderno de encargos, depois de ter anunciado em 28 de outubro que a venda da Efacec ao grupo DST não foi concluída por não se terem verificado “todas as condições necessárias” à concretização do acordo de alienação.
[Notícia atualizada às 19h19]
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