O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse em live nesta quinta-feira (28) que não teve política direta para combater a Covid-19. “Minha política foi defender a autonomia médica. O médico decide qual remédio quer receitar. E o médico passou a ser demonizado por causa disso”, afirmou. O presidente comentava a crise financeira causada por fatores como a guerra na Ucrânia e a pandemia.
“Tudo se falava: não tem comprovação científica. Mas nada tinha comprovação científica. Eu já citava muito aqui: olha a Guerra do Pacífico, quando o soldado chegava ferido e não tinha doador de sangue para ele. O que os médicos decidiram? Toca água de coco na veia dele. E salvou muita gente. Hoje em dia tem comprovação científica água de coco [para substituir sangue em transfusão]? Não sei, mas sei que ela salvou muita gente. E os remédios, uma parte considerável, são descobertos por acaso. Como a questão do Viagra, como a questão do Cialis, e tantos e tantos outros”, afirmou o presidente.
Bolsonaro comentou também a confirmação por parte do Superior Tribunal de Justiça da condenação do ex-ministro José Dirceu. “Se eu anistiar o José Dirceu hoje, podem ter certeza: não vai ter nenhuma crítica por parte da grande mídia”, comentou. “Agora, se eu anistiar, indultar um inocente, aí vocês sabem o que acontece”.
Ao comentar as falas do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, de que as Forças Armadas foram orientadas a atacar o sistema eleitoral brasileiro, Bolsonaro disse que esse suposto direcionamento citado por Barroso só poderia ser do presidente. “As Forças Armadas vão receber orientação de quem? Pelo amor de Deus! As Forças Armadas são instituições permanentes. […] Afinal de contas, o chefe supremo das Forças Armadas é quem o povo assim eleger”, afirmou.
Bolsonaro comemorou a aprovação, pela Câmara, da medida provisória que institui um valor extra para que o Auxílio Brasil alcance R$ 400. “Só sete parlamentares de um mesmo partido votaram contra. Sete deputados do [partido] Novo votaram contra. Devem ter suas razões”, afirmou o presidente.