Versátil, onipresente, Giuliano fez sua melhor atuação pelo Corinthians. Marcou dois gols ANDERSON LIRA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO 22.06.22

São Paulo, Brasil

“Foram os melhores 45 minutos desde que cheguei.”

Essas foram as palavras mais do que entusiasmadas de Vítor Pereira a repórteres, depois do primeiro tempo excelente que o Corinthians fez contra o Santos, na primeira partida das oitavas-de-final da Copa do Brasil, em Itaquera. 

E que deixa o clube com a classificação mais do que encaminhada para a semifinal.

Nem parecia clássico.

O time corintiano não tomou conhecimento da equipe de Fabián Bustos. 

3 a 0 foi um placar acanhado demais.

Mesmo com o ritmo controlado, o Corinthians marcou mais um.

4 a 0, placar clássico e mais do que merecido.

“Foi um excelente jogo, demos um passo importante para a classificação. Temos que ter pés no chão, mas cientes que fizemos um grande jogo. Fizemos quatro gols, não sofremos gol”, resumia o empolgado Giuliano.

Mesmo com o Santos ‘espelhado’, ou seja, também atuando no mesmo 4-5-1 do Corinthians, foi se encolhendo, assustado, tenso. Porque o toque de bola rápido, objetivo, treinado à exaustão por Vítor Pereira, tinha como objetivo atacar os pontos fracos do adversário: a péssima marcação pelas laterais do campo.

Com triangulações objetivas, estudadas, o massacre foi se desenhando desde os primeiros minutos. Rodrigo Fernandes, Zanocelo não conseguiram marcar, dar cobertura aos inseguros Lucas Braga e Lucas Pires nas laterais. Aliás, o Santos estava recuado, mas espaçado.

Dava toda a liberdade para a movimentação frenética determinada por Vítor Pereira. Nem mesmo apelava para as faltas.

E o Corinthians aproveitou. Com excelente atuação de Giuliano, Du Queiroz, Fagner e Lucas Piton. Os coadjuvantes tiveram desempenho de protagonistas. Foram muito bem individualmente e também fundamentais no ritmo alucinante do primeiro tempo. 

Os gols de Gustavo Mantuan, Giuliano e Raul Gustavo definiram a distância entre os times. Giuliano marcou, de novo, no segundo tempo.

4 a 0 foi uma lição de futebol moderno do Corinthians.

E que também demonstrou que, apesar de todo seu desabafo no domingo, por falta de reforços, Vítor Pereira soube aproveitar ao máximo o que tem nas mãos. Mesmo poupando os veteranos Gil e Renato Augusto, que nem no banco ficaram, para que possam suportar a sequência de jogos, nos três campeonatos que o Corinthians disputa.

Embora teoricamente com o mesmo esquema tático, as posturas eram completamente diferentes. O argentino Bustos sabia que contava com elenco muito mais fraco tecnicamente do que o time rival. E sonhava com o óbvio. Duas linhas de marcação e contragolpes rápidos, apostando na velocidade, técnica e volúpia de Marcos Leonardo no ataque.

By Evelyn

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