Pesquisa realizada pelo Observatório Nacional da Indústria apontou que o país precisará qualificar até 2025 2 milhões trabalhadores do setor industrial para repor inativos ou ocupar novas vagas e 7,6 milhões que já trabalham na indústria, mas precisam de atualização. O levantamento foi divulgado nesta segunda-feira (16) pela CNI (Confederação Nacional da Indústria). 

Nos próximos quatro anos, 497 mil novas vagas devem ser criadas na indústria. Dessas, 90 mil demandam ensino superior, 136 mil necessitam ensino técnico, 64 mil exigem qualificação de mais de 200 horas e 208 mil pedem por qualificação de menos de 200 horas.

Atualmente, 74% das vagas não exigem ensino superior ou técnico, mas a tendência é de crescimento dessa demanda, já que as empresas preferem trabalhadores com maior conhecimento técnico e com capacidade maior de resolução de problemas.

Com carga horária de 2.400 a 7.200 horas, os cursos são para quem tem o ensino médio completo e pretendem se tornar bacharel. A maior parte das vagas que precisam de formação inicial (35.773) e aperfeiçoamento (228.387) são de analistas de tecnologia de informação. Na sequência, vem engenheiros, artistas visuais, desenhistas industriais, gerentes de comercialização, de marketing e de comunicação e, por fim, gerentes administrativos e financeiros.

A carga horária varia entre 800h e 1.200h (cerca de 1 ano e meio) e são destinados a alunos matriculados ou egressos do ensino médio. A maior parte das vagas que precisam de formação inicial (27.284)) e de aperfeiçoamento (156.212) são de técnicos de controle da produção. Depois, técnicos de planejamento, de eletrônica, de desenvolvimento de sistemas e em operações de computadores.

Esses cursos não exigem nível de escolaridade específica e são recomendados para jovens que buscam o desenvolvimento de novas habilidades e competências profissionais. Profissões como mecânicos de veículos automotores, operadores de máquinas de costuras, mecânicos de máquinas industriais, padeiros, confeiteiros, eletricistas são algumas das vagas que se encaixam na categoria (+ de 200h). Estão incluídos (- de 200h) também alimentadores de linhas de produção, ajudantes de obras, magarefes e motoristas de veículos cargueiros.

*Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Lúcia Vinhas