A Câmara Municipal de Lisboa (CML) fez, na quarta-feira, um balanço sobre os primeiros 60 dias da utilização do Passe Cultura, que permite o acesso gratuito a 47 equipamentos culturais municipais entre monumentos, museus, teatros, galerias, espaços culturais e bibliotecas entre outros, na capital portuguesa.
De acordo com os dados da autarquia, duas mil pessoas aderiram à iniciativa, sendo a maioria jovens. Recorde-se que este passe só pode ser atribuído a residentes de Lisboa que tenham até 23 anos ou mais de 65. Os mais jovens representam 75% destes utilizadores, e o restantes 25% são os mais velhos.
“O Lu.Ca, Teatro Luís de Camões, foi o equipamento mais procurado, contabilizando 731 espetadores, seguido do São Luiz Teatro Municipal, com 551, e do Padrão dos Descobrimentos com 327”, refere uma nota publicada no site da CML.
“Nesta procura por equipamentos confirma-se a tendência geral, com uma procura maior nos jovens até aos 23 anos”, continuam os responsáveis. Já no ‘top 3’ da população mais velha, estão o Museu de Lisboa (Palácio Pimenta), o São Luiz e o Padrão dos Descobrimentos.
O vereador da Cultura, Diogo Moura, nota que “a Câmara Municipal de Lisboa regozija-se com a abrangência do Passe Cultura nos primeiros 2 meses. Os números apresentados revelam a importância da medida: quer na mitigação dos efeitos da inflação, contribuindo para que esta não diminua a fruição cultural, quer como fator de angariação de público mais jovem e maior de 65 anos, possibilitando assim um maior e mais facilitado acesso às expressões culturais”.
O responsável acrescentou, no entanto, que é compreendida “a necessidade de reforçar a aplicação desta medida a outros equipamentos com menor expressão nestes dados, mas cujas missões, desempenhadas nas suas valências museológicas ou de programação, se revestem da maior importância”.
Já o presidente da autarquia, Carlos Moedas, nota que “uma cidade que ambiciona cultivar hábitos de fruição cultural e artística é uma cidade mais próspera. O Passe Cultura vem reforçar esta ambição e faz parte de um amplo pacote de combate à inflação na cidade, com impacto em várias áreas, e que pretende apoiar as famílias e as empresas em Lisboa”.
“Os números apresentados não contemplam o Castelo de São Jorge, onde é aplicado o acesso gratuito a todos os residentes de Lisboa”, lembra a autarquia.
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