O crescimento da economia francesa de 0,9% no conjunto de 2023 significa uma clara desaceleração após dois anos de recuperação, em 2022 (2,5%) e em 2021 (6,4%).
O instituto nacional de estatística francês (INSEE), que publicou hoje a primeira estimativa, disse num comunicado que o PIB nos últimos três meses do ano evitou a queda graças ao comércio externo.
Isto explica-se pelo facto de as importações terem sofrido uma queda notável de 3,1%, enquanto as exportações caíram quase impercetivelmente (-0,1%).
Este contributo positivo do comércio externo acabou por compensar a queda do consumo privado (-0,1%), do investimento (-0,7%) e o impacto negativo da evolução das existências das empresas (-1,1 pontos percentuais do PIB).
No conjunto do ano, e depois de o INSEE ter revisto em alta em uma décima de ponto percentual os valores do PIB do terceiro trimestre, o crescimento de 0,9% é ligeiramente inferior à previsão, de 1%, do Governo francês.
A atividade esteve praticamente estagnada em três dos quatro trimestres, exceto no segundo trimestre, em que recuperou 0,7%.
O consumo privado em 2023 teve um aumento limitado, de 0,5%, e o investimento foi um pouco mais dinâmico, com um aumento de 1,2%.
O comércio externo contribuiu com seis décimas de ponto percentual para o crescimento do PIB, enquanto a variação das existências subtraiu cinco décimas.
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