Jorge Nuno Pinto da Costa, presidente do FC Porto, discursou no fecho da edição de 2022 dos Dragões de Ouro, que decorreu na noite de segunda-feira, e lembrou que cada um deles faz “parte indiscutivelmente da história do FC Porto”.

“Compreenderão que ao fim de 40 anos tenho a noção de que já estarão fartos de me ouvir falar. Naturalmente que hoje é-me extramente difícil, pelas emoções que aqui já vivemos, ao ver passar filmes de pessoas que nos são muito queridas e não estão connosco. Não posso, num momento destes, não recordar a história dos Dragões de Ouro. Foram uma criação de uma direção minha que entendeu que era o melhor título para galardoar os melhores de cada época”, começou por dizer o presidente dos azuis e brancos, antes de falar sobre todos os premiados da noite.

“A Revelação do Ano, o Gonçalo Borges, a gazela do futebol português. Uma potencialidade extraordinária, uma orientação para o que faz que lhe tem dado muitos frutos. Se souber e continuar a dedicar-se e ouvir os conselhos do treinador, será um valor seguro do FC Porto e do futebol português. O Futebolista do ano, o Otávio. O Otávio, a quem os colegas chamam carinhosamente de baixinho, é do tamanho, dentro do campo, da Torre dos Clérigos. Corre o campo todo, tem pilhas que não acabam. Disputa o primeiro lance do jogo como se fosse o último e vice-versa”, prosseguiu Pinto da Costa, que deixou ainda uma mensagem a Sérgio Conceição, treinador do ano.

“O Treinador do ano não podia ser o outro que não o Sérgio Conceição. Não é por eu ser padrinho dele como ele disse aqui na brincadeira porque meus afilhados são os que sentem, vibram e sentem o FC Porto da mesma maneira que ele. Os que são assim são todos meus afilhados no bom sentido. Tive muito prazer, como presidente e como amigo, de entregar o quarto Dragão de Ouro da carreira de Sérgio Conceição. Estou crente de que não foi o último nem sequer o penúltimo”, vincou.

Depois de cantarolar o hino azul e branco, entoado pela falecida Maria Amélia Canossa, Pinto da Costa encerrou o discurso com uma referência a Alberto Caeiro, heterónimo de Fernando Pessoa, para afirmar que todos os seus dias são dos que “encheram de glória o FC Porto”.

“Tenho tempo limitado e não sabia, ainda ontem, o que haveria de vir dizer. E quando, à noite, estava aqui a assistir deliciado, como hoje à tarde, ao ensaio desses fantásticos artistas que atuaram, sentado num dessas cadeiras, estava a pensar o que havia de dizer. E pus-me a tentar lembrar o que é que disse no ano passado. Então lembrei-me que desenvolvi a minha conversa a partir de uma frase linda e por demais repetida de Fernando Pessoas, que disse: ‘Deus quer, o Homem sonha e a obra nasce’. Não sei o que disse depois”, finalizou.

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By Evelyn

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