Polícia coleta DNA de quase 400 condenados para resolver crimes de estupro e homicídio, em Goiás

A Polícia Civil fez coletou material genético e DNA de 380 condenados para resolver crimes de estupro e homicídio em Goiás. Segundo a corporação, os materiais coletados vão para o Banco Nacional de Perfis Genético, que é utilizado por todas as polícias civis do Brasil, além da Polícia Federal e da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol).

A delegada Karla Fernandes Guimarães, titular do Grupo Estadual de Repressão a Estupros (Gere) explicou a importância de manter esses dados no banco de dados da Polícia Civil.

“Todo tipo de crime que deixar vestígio, fazendo a coleta desses condenados, há a possibilidade de que, havendo uma identificação genética do material colhido no local do crime ou junto com a vítima, é identificado quem é o autor e comprovado efetivamente a sua autoria”, explicou.

A operação, que começou na terça-feira (23) e terminou nesta quinta-feira (25), colheu dados de 380 pessoas que estão em regime aberto e no regime semiaberto. Apesar disso, eram esperadas 400 pessoas. Os alvos da ação são condenados pelos referidos crimes ocorridos em Goiânia e na Região Metropolitana.

Segundo a Polícia Civil, esta é uma ação inédita e aconteceu de forma conjunta com os demais órgãos da Segurança Pública, como a Polícia Penal e a Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC).

“É a primeira ação feita em conjunto da Polícia Civil com as forças da Segurança Pública. Todos os condenados em crimes com violência, que foram coletados os DNAs, qualquer crime que ele já tenha cometido anteriormente será comprovado e também qualquer crime que agora for realizar tem como fazer essa identificação”, contou a delegada.

A coleta do material genético foi feita pela saliva e o trabalho acontece na sede da Escola Superior da Polícia Civil (ESPC). A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) realizou as intimações dos condenados para fazer as perícias.

Materiais vão para o Banco Nacional de Perfis Genético, que é utilizado por todas as polícias civis do Brasil, Polícia Federal e Interpol — Foto: Divulgação/Polícia Civil

O Gere investiga delitos de estupro com violência e sem autoria definida, valendo-se, sobretudo, de laudos periciais e “matchs”, que acontecem quando há coincidência genética entre o material colhido na vítima e o do autor ou quando há coincidência no material recolhido em local de crime com o autor do crime.

Durante os dias da operação, 133 condenados foram intimados por dia. De acordo com a PC, nos dois primeiros dias da operação, mais de 248 condenados tiveram seu DNA e e identificação criminal coletados.

Veja também:

Senado aprova cadastro nacional de condenados por violência contra mulher

By Evelyn

One thought on “Polícia Civil coleta DNA de quase 400 condenados para resolver crimes de estupro e homicídio, em Goiás”

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *