Conforme avançou a diretora do departamento do Emprego do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Cabo Verde, Evna Fonseca, o Programa do Desenvolvimento do Empreendedorismo (PDE) foi projetado para beneficiar 178 jovens com kits de primeiros negócios, mas os números chegaram a 278 em todo o país.

“Os resultados são muito positivos, porque teve 160% do número beneficiários, temos pessoas com pequenos negócios com acesso ao emprego, com acesso ao rendimento, daí que demonstra cada vez mais que o programa de empreendedorismo tem o seu sucesso e tem a sua mais-valia para o emprego e para o rendimento”, frisou a responsável.

Com um orçamento de 35 milhões de escudos (317 mil euros), o programa abrangeu áreas como a restauração e turismo, agricultura, comércios e serviços, ainda segundo a diretora, que falava à imprensa, na Praia, à margem do ato de apresentação dos resultados da primeira edição.

No mesmo evento, foi assinado o contrato para a segunda edição (PDE II), que, segundo Evna Fonseca, vai apostar no reforço da capacitação dos pequenos empreendedores, em que as autoridades cabo-verdianas pretendem beneficiar 284 unidades de negócio a nível nacional.

“É um dos programas que mais tem impactado o acesso ao emprego e ao rendimento dos jovens em Cabo Verde”, completou o presidente do IEFP, Paulo Santos, sublinhando o sucesso e o impacto do programa.

Para o vice-primeiro-ministro, Olavo Correia, trata-se de um “programa disruptivo” e que tem tido um “grande sucesso” no seio dos jovens, que mudaram de vida.

“O nosso papel é precisamente fazer isto que está aqui: garantir a cada jovem uma oportunidade. Os jovens cabo-verdianos têm talento, sabem fazer, querem fazer, querem viver do suor do seu esforço, não querem esmolas, não querem viver na dependência dos Estado central ou das câmaras municipais”, salientou o também ministro das Finanças.

“Os jovens cabo-verdianos precisam de uma oportunidade e o nosso papel enquanto Governo, juntamente com demais instituições, neste caso o IEFP, é dar formação e criar oportunidade para estarem num emprego por conta de outrem ou criar um emprego por conta própria”, completou o também titular das pastas do Fomento Empresarial e da Economia Digital.

Olavo Correia disse que o objetivo agora com o segundo programa é “aumentar a escala” para beneficiar mais jovens, mas também que os kits chegam às pessoas com maior rapidez.

“Quem está na pobreza, quem está no desemprego, os jovens que estão na dificuldade, esses não têm tempo, nós temos que mudá-los a vida é ontem, não é hoje ou amanhã ou depois de amanhã, fazer com velocidade para que as respostas saiam rapidamente”, traçou, esperando provocar impacto e transformar a economia cabo-verdiana com o programa.

O Programa de Desenvolvimento do Empreendedorismo (PDE I) foi implementado em 2022 pelo Governo de Cabo Verde, no quadro da Estratégia Nacional de Promoção do Emprego Digno (ENPED) e foi operacionalizado pelo IEFP.

Teve como objetivo estratégico de maximizar a capacidade empreendedora e incrementar o acesso às oportunidades de emprego digno para os jovens, mulheres e grupos expostos à exclusão nos setores catalíticos e contribuir para reduzir o número de jovens NEET.

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By Evelyn

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