Servidores da educação de Goiânia estão em greve, porquê?

Os servidores da Educação deram início a uma greve na rede municipal de Goiânia, na manhã desta terça-feira (15).

A decisão foi tomada durante uma assembleia da categoria, realizada no Cepal do Setor Sul. O movimento não tem previsão de retorno. Os servidores tentam um reajuste salarial de 33,24%, mas ainda não tiveram sucesso com a gestão municipal. Na semana passada, a Prefeitura de Goiânia propôs um reajuste 7,5%, que não foi aceita pelos servidores.

 

Os servidores da educação, entretanto, fazem outras exigências, além do reajuste do piso salarial. Pensando nisso, o Mais Goiás reuniu o posicionamento do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintego) e também da Prefeitura de Goiânia. O objetivo é entender o cenário geral em torno da paralização.

 

O que diz o Sindicato?

Em nota enviada à imprensa nesta terça (15), o Sintego disse que quer que a Prefeitura cumpra a Lei Federal 11.738/2008. Nesse sentido, exigem um reajuste salarial de 33,24%.

Na visão da categoria, esse reajuste deve ser aplicado não apenas para os trabalhadores que ganham abaixo do piso, mas também precisa ser aplicado na carreira.

 

Uma outra cobrança do movimento, é que Secretaria de Educação de Goiânia apresente “imediatamente” a data-base dos servidores administrativos. Segundo a categoria, essa espera já dura mais de três anos.

 

Os servidores tentam um reajuste salarial de 33,24%, mas ainda não tiveram sucesso com a gestão municipal (Foto: Jucimar de Sousa – Mais Goiás)

 

A categoria alega que o Prefeito da capital, Rogério Cruz, “vem anunciando, mas até agora não encaminhou nenhuma proposta para a Câmara Municipal de Goiânia”. Além disso, os servidores pedem que, quando o prefeito for enviar o Projeto de Lei, o faça com percentual do ano de 2022.

 

Em outras palavras, os servidores da educação querem o prefeito envie um Projeto de Lei onde paguem a data-base de 2020 e 2021, a partir do salário deste mês de março. Além disso, pedem que a gestão considere o percentual relativo a 2021 que é de 10,16%.

Outras exigências

Na mesma nota, o Sintego reforçou outros pontos que considera fundamental para que a Educação seja referência em Goiânia.

 

Entre as exigências, estão um novo plano de carreira, que valorize agentes, auxiliares e trabalhadores das áreas administrativas da Educação e não apenas os professores. De acordo com o sindicato, esse grupo da educação sofre com a defasagem salarial.

 

O movimento também cobra que a Prefeitura seja transparente com relação ao orçamento do município, principalmente no que diz respeito à verba destinada à educação.

 

“Não basta só dizer que não tem dinheiro, mas tem que mostrar, comprovar isso para a categoria. Não pode simplesmente dizer que não teria recurso, principalmente na hora de para pagar o IPTU exige o cumprimento da Lei, mas na hora de respeitar uma Lei Federal se recusa. Isso não é um exemplo condizente que possa o poder público dar para a sociedade”, argumentou o Sintego.

 

Por fim, o servidores da educação também cobram outros direitos, como a questão da progressão e a realização de um concurso público.

 

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