Thiago de Mello, poeta que lutou pela Amazônia, falece aos 95 anos

Reprodução: Rodrigo Sombra

Nesta sexta-feira, 14, o poeta e jornalista amazonense Thiago de Mello faleceu aos 95 anos. A princípio a morte foi confirmada pela editora que publicava suas obras, a Global.

Nascido em Barreirinha, no interior do Amazonas, ele é um dos poetas mais famosos da região. Além disso, ele cantou em prosa e verso sua luta pela preservação da maior floresta do mundo.

Um dos seus poemas mais conhecidos é “Estatutos do Homem”, escrito logo depois da da instauração do regime militar em 1964. De tal forma que foi traduzido em todo o mundo.

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Outra obra famosa é: “Faz Escuro, Mas Eu Canto: Porque a Manhã Vai Chegar”, publicado em 1965. Em seguida, sua frase-título foi lembrada na última Bienal de Arte de São Paulo.

Em virtude da sua luta contra a ditadura, Mello foi preso e passou anos no exílio. Nesse hiato, viveu em países como Argentina, Portugal e Chile, onde morou com seu amigo Pablo Neruda.

Ele retomou ao Brasil depois da restauração da democracia. Thiago Mello sempre morou no Amazonas.

Conheça as suas obras:

Poesia

  • Silêncio e Palavra, 1951
  • Narciso Cego, 1952
  • A Lenda da Rosa, 1956
  • Faz Escuro, mas eu Canto: porque a manhã vai chegar, 1966
  • Poesia comprometida com a minha e a tua vida, 1975
  • Os Estatutos do Homem, 1964
  • Horóscopo para os que estão Vivos, 1984
  • Mormaço na Floresta, 1984
  • Vento Geral – Poesia, 1981
  • Num Campo de Margaridas, 1986
  • De uma Vez por Todas, 1996
  • Cantídio, André Provérbios, 1999

Prosa

  • A Estrela da Manhã, 1968
  • Arte e Ciência de Empinar Papagaio, 1983
  • Manaus, Amor e Memória, 1984
  • Amazonas, Pátria da Água, 1991
  • Amazônia — A Menina dos Olhos do Mundo, 1992
  • O Povo sabe o que Diz, 1993
  • Borges na Luz de Borges, 1993
  • Vamos Festejar de Novo, 2000

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