Sede do Tribunal Superior Eleitoral, em Brasília Flipar – Arquivo

A  União Nacional das Igrejas e Pastores Evangélicos (Unigrejas) decidiu não assinar um acordo do cooperação com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre as eleições de outubro deste ano. De acordo com a corte eleitoral, se trata de um trato para a promoção da paz e da tolerância no pleito.

Outras entidades religiosas assinaram o documento em reunião com o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, na segunda-feira (6). Entre elas estão o Instituto Orí, a Rede Nacional de Religiões Afro-brasileiras e Saúde (Renafro), o Templo Shin Budista Terra Pura, a EducAfro, a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Associação Jurídico-Espírita do Brasil (AjeBrasil) e a Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure).

Fachin informou que o termo assinado pelas entidades religiosas prevê a “realização de debates, declarações públicas, publicações e ações de conscientização relacionadas com a tolerância política, a legitimação do pensamento divergente e a consequente exclusão da violência como aspectos indispensáveis à preservação da paz social”.

“Esta casa de Justiça houve por bem reunir, nesta ocasião, em torno da causa democrática, representantes notáveis das mais diversas crenças, doutrinas, práticas e profissões de fé, visando à divulgação dos ideais de respeito, solidariedade e harmonia social, como forma de debelar a perspectiva de conflitos durante e após a revelação da vontade popular, no contexto das eleições de 2022”, afirmou Fachin.

Em nota, o presidente da Unigrejas, bispo Eduardo Bravo, afirmou que a entidade “não se sentiu confortável” para assinar, apesar de ter sido convidada. “Neste momento, na busca de temperança e na representação de mais de 50 mil pastores e igrejas, resolvemos ficar como observadores do evento, posto que há temas sensíveis em pauta, como o chamado combate à desinformação. É importante lembrarmos que a democracia se fortalece na pluralidade política, e a liberdade religiosa e de expressão são fundamentais para a República”, disse.

By Evelyn

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